Capítulo 39

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Maraisa Pov

Faltam dois dias para o meu casamento com Marília, estava tudo pronto, tudo perfeitamente perfeito, não faltava nada, Léo já tinha seu smoke azul marinho comprado, o meu vestido já estava pronto, as madrinhas, enfim, tudo.

Eu estava deitada na cama após um longo banho, esperando Marília me ligar, ela havia ido à uma conveniência com os agentes, já faziam dois dias que eu estava sozinha, triste.

Meu celular começou a tocar, ergui um pouco o corpo e o peguei, sorri involuntariamente ao ver a foto de Marília na tela.

- Oi amor. - Falei sorrindo e ela soltou um riso nasal.

- Oi amor, como estão as coisas aí?. - Suspirei.

- Estão bem, tirando o fato de você não estar aqui. - Falei brincando com a barra da blusa do meu pijama.

- Eu adoraria estar aí Mara, mas chegarei em breve, nosso casamento está chegando, não sabe o quanto espero por esse dia. - Fechei os olhos mordendo o lábio.

- Eu também, estou muito ansiosa. - Abri os olhos fitando o teto.

- E Léo? Tem cuidado de você?. - Ela parecia estar no carro, um barulho de pneus no asfalto era grande.

- Sim, melhor do que eu cuidando dele. - Ela riu. - Está dirigindo? Pode ligar outra hora se quiser. - Falei sentando-me.

- Oh, não, Alfred está dirigindo por mim. - Olhei a janela e me levantei indo até ela. - Eu estou com tanta saudade dos seus beijos Mara, desde que essa bagunça da arrumação do nosso casamento começou, não trocamos nada além de selinhos. - Suspirei.

- Eu preciso muito mais do que apenas beijos Marília. - Falei me apoiando na janela para olhar o movimento lá em baixo.

- Mara, eu tenho qu desligar, Alfred e eu iremos jantar com alguns sócios da Interpol, te ligo mais tarde meu amor, eu te amo. - Disse me fazendo fechar os olhos.

- Eu amo você. - Ela suspirou e desligou.

Fechei os olhos e voltei para a cama, me joguei de qualquer jeito e acabei cochilando.

Marília Pov

Abri a porta e um silêncio desconfortável tomou conta do meu corpo, Maraisa e eu não nos víamos à dois dias e meio, eu estava morrendo de saudade dela, e creio que ela sente o mesmo.

Subi as escadas e abri a porta do meu quarto dando de cara com uma Maraisa torta na cama, sorri e fechei a porta devagar.

Caminhei devagar até ela e à ajeitei na cama, ela resmungou algumas coisas e agarrou o travesseiro colocando-o debaixo do seu queixo, o que me fez sorrir.

Tirei os coturnos e fui direto para o banheiro tomar um longo banho, foi uma longa viagem.

Quando decidi ligar para Maraisa, eu já estava em Seattle, decidi fazer uma surpresa, mas ela acabou dormindo.

Fechei o registro do chuveiro e me enrolei no roupão depois de estar completamente seca.

Caminhei pelo quarto até o closet, vesti uma blusa branca folgada e apenas minha calcinha, eu iria dormir, não iria sair para lugar nenhum mesmo.

Penteei meus cabelos, ajeitei-os em um coque mal feito e deitei ao lado de Maraisa.

Ela estava deitada do lado direito, virada para o lado esquerdo, e eu estava encarando seu rosto.

Me aproximei mais cobrindo nossos corpos com o edredom e toquei seu rosto, tirando os fios do cabelo da sua testa.

Maraisa resmungou mais algumas coisas me fazendo sorrir e devagar, ela foi abrindo seus olhos.

Hostage - MalilaOnde histórias criam vida. Descubra agora