Capítulo 31

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Maraisa Pov

Abri os olhos devagar, sentindo a dor da luz que estava bem em cima de mim. Olhei ao redor e deduzir estar em um quarto de hospital, tentei senta porém não consegui.

- Ei, não se mexa. - Ouvi uma voz e olhei para onde ela vinha assustada. - Oi. - Ariana sorriu.

Eu queria conseguir falar, mas infelizmente parecia que tinham arrancado a minha língua fora.

- São os remédios, não se preocupe. - Disse rindo. - Mara eu fiquei tão preocupada com você, droga, o que aconteceu? Como aconteceu? Eu tenho tantas perguntas, e nenhuma resposta até agora.

Fechei os olhos pensando em Marília e Léo, como eles estão? O que aconteceu com eles?.

- Eu tenho muitas perguntas porém, irei chamar o médico, você está no mundo da lua. - Literalmente Ariana.

Ela se afastou e saiu do quarto. Minutos depois, meus olhos se encheram de lágrimas ao ver Julyer e Bruno entrar na sala junto com um médico de porte físico forte.

- Olá Srta. Pereira, eu sou o Dr. Hans, está tudo bem?. - Neguei. - Sente dores?. - Maneei como um mais ou menos. - Não consegue falar?. - Neguei.

- Eu tentei falar com ela, mas não saiu nada. - Ariana disse.

Ele pegou uma pequena caneta e se aproximou da cama.

- Abra a boca. - Abri a boca e senti uma dorzinha aguda no maxilar. - Você está com uma inflamação na garganta, mas não entendo o fato de que não consegue falar, quer se sentar?. - Assenti.

Ele ajustou-me na cama e apertou um pequeno botão fazendo-me sentar rapidamente.

- Quer beber água Mara?. - Bruno perguntou e eu assenti.

Enquanto ele pegava no pequeno filtro ali na parede, o médico anotava algo enquanto me olhava.

Peguei o copo e levei até a boca com uma rapidez absurda e bebi todo o conteúdo, estiquei o copo pra ele pedindo mais e ele sorriu.

Lembrei que Julyer e eu fizemos aulas de sinais no colegial e decidi usar. Todos na sala olhavam para a gente como se fôssemos estranhos.

- Ela perguntou como está Marília e Léo, e... - Deu risada. - Quando ela vai poder comer. - Todos soltaram um riso e eu dei de ombros sorrindo de lado.

- Marília está bem, apenas alguns arranhões à mais que você, e em breve você comerá. - Disse o médico sorrindo, fiz mais alguns sinais para Julyer.

- Léo. - Ele disse e todos da sala mudaram suas expressões.

Bebi novamente toda água que continha no copo e dei uma leve tossida.

- O-o que... aco-conteceu?. - Perguntei com dificuldade.

- Conversaremos depois Maraisa, deixe-me ver sua garganta. - Reprimi os lábios quando ele se aproximou. - Senhorita, por favor, é pelo seu bem.

- Maraisa, abra a boca. - Ariana disse se aproximando.

Revirei os olhos e senti uma pequena pontada na cabeça perto da nuca, fechei os olhos com força e os abri novamente, abri a boca e ele colocou novamente a lanterna.

Marília Pov

Abri os olhos com dificuldade e respirei fundo sentindo uma pequena dor na costela esquerda.

Com dificuldade, sentei na cama e olhei ao redor, hum, quarto bonito.

Olhei para o lado e eu estava tomando soro que parece ter sido trocado à pouco tempo e do outro lado a máquina dos batimentos cardíacos.

Hostage - MalilaOnde histórias criam vida. Descubra agora