Hostage - Malila

Capítulo 3

(...Uma semana depois...)

Marília Pov

Maiara e eu estávamos assistindo um filme qualquer na televisão enquanto esperávamos Maraisa e sua esposa. Maiara estava com a cabeça repousada em meu ombro enquanto meu braço esquerdo estava atrás do seu pescoço e minha mão fazia um carinho em seu cabelo.

Joguei minhas pernas por cima das suas e ela riu, a campainha tocou e eu me levantei para abrir. Eu sabia que era Maraisa, então não fiz o trabalho de olhar no olho mágico.

- Bom dia. - Ela disse sorridente e eu sorri labial e fitei a loira ao seu lado que segurava sua cintura como uma menção de posse.

- Bom dia, entrem. - Dei passagem e elas entraram me deixando fechar a porta.

- Mara. - Maiara gritou se levantando e elas se abraçaram. - Pensei que não viria mais. - Disse com um tom triste.

- Eu disse que viria. - Ela sorriu e se virou para a loira ao seu lado. - Essa é Luísa, minha esposa.

Essa "Luísa" fitou minha esposa dos pés à cabeça, exatamente como eu fiz com Maraisa, mas eu me aproximei e apenas puxei Maiara pela cintura beijando sua bochecha.

- E eu sou Marília, esposa dela. - Falei sorrindo e estendi minha mão para ela que fitou meus olhos e estendeu a mão apertando-à.

Apertei sua mão com força e ela contorceu o rosto em uma expressão de dor, soltei sua mão e sorri olhando para Maraisa.

- Então, estávamos esperando vocês, podemos ir?. - Elas assentiram e logo estávamos saindo de casa.

Maiara Pov

Eu estava no banco do passageiro com Marília, mas eu me sentia completamente pelada com os olhares de Luísa. Ela era bem... Atraente... Deus, tira esse pensamento da minha cabeça, eu sou casada.

Olhei para Marília e sorri, ela sorriu e olhou o retrovisor, eu tinha percebido os olhares dela pra Maraisa, eu posso ter tingido meu cabelo de ruivo mas não sou burra, percebi que ela quase comia Maraisa com os olhos quando apresentei as duas.

Tudo bem que Maraisa é linda e tem uma bela bunda, mas, eu também sou gostosa certo? E ela não está comigo por beleza, e sim por amor, certo?.

Agora, essa pergunta se passou pela minha cabeça, Marília me ama mesmo?.

Quando descemos do carro, pedi que as meninas fossem na frente e segurei o braço de Marília, ela me encarou confusa e eu respirei fundo.

- Você me ama? - Perguntei e vi uma serie de sentimentos se passarem em seu rosto.

- Que pergunta é essa Maiara? Claro que eu te amo, não estaria com você se não amasse. - Assenti serrando os olhos. - O que deu em você?. - Perguntou travando o carro.

- Nada, é bom a gente conferir as vezes. - Ela cruzou os braços e se encostou na lateral do carro.

- E eu não demonstro que te amo todos os dias?. - Dei de ombros.

- Continuo querendo conferir. - Ela assentiu olhando para o chão. - E eu também te amo. - Sussurrei me aproximando.

Ela suspirou e abraçou meu corpo beijando o topo da minha cabeça.

Luísa Pov

Eu consigo ser forte, eu sei que eu consigo, eu sempre consegui por que agora, justamente agora estou sentindo minhas pernas fraquejarem ao ver o corpo de Maiara? Droga, por que justo uma praia? Podia ser qualquer lugar, até debaixo de uma ponte, eu iria sorrir feliz, mas uma praia?Onde todos precisavam estar de biquíni? Droga.

Senti um tapa estralar na minha coxa e olhei para o local depois para quem havia me dado.

- Ai. - Falei passando a mão em cima. - Por que você fez isso? - Choraminguei.

- Estou te chamando à horas, perdeu alguma coisa ali? - Apontou para frente. - Me passa, o protetor, solar. - Falou devagar.

Sem tirar os olhos de Maraisa, estiquei o braço até a bolsa e peguei o protetor entregando para ela.

- Obrigada. - Disse pegando com raiva. - E quando eu tiver falando com você, preste atenção. - Virou meu corpo com força.

- Desculpa, eu estava viajando. - Ela espalmou a mão direita nas minhas costas. - Jesus, que agressividade. - Disse rindo.

- Não estou achando graça Luísa. - Falou com raiva. - Pronto, vira o rosto. - Virei e tomei o protetor da sua mão.

- Deixe que eu passo, à não ser que eu queira sair daqui com o nariz quebrado, e antes de você protestar, não, eu não quero um nariz quebrado. - Disse colocando o protetor na minha mão e passando em meu rosto.

- Eu não vou entrar. - Disse me fazendo olha-lá.

- Por que? Tá com medinho? - Ela me fuzilou com o olhar.

- Eu não estou com medinho, eu só não estou afim de tomar banho agora. - Assenti.

- Nem eu, mas olha só que irônia né? Eu vou. - Me levantei e ela continuou me olhando.

Caminhei até a beira da praia vendo Maiara no colo de Marília à uns metros depois de mim. Olhei para trás e Maraisa estava mexendo em seu celular.

Caminhei até elas e cutuquei a tal Marília, ela me olhou com as sobrancelhas erguidas e eu sorri leve.

- Maraisa está te chamando. - Ela olhou para Maraisa e depois para Maiara.

- Já volto. - Deu um selinho rápido nela e Maiara desceu do seu colo deixando-à sair.

Quando ela estava em uma distância gradativamente confortável olhei para Maiara.

- Ela não chamou né? - Neguei. - E por que você disse que ela havia chamado? - Cruzou os braços.

- Porque eu queria te conhecer sem a sua esposa possessiva estar perto. - Ela negou soltando um riso.

- Você é casada com a minha amiga, e eu também sou casada, não venha dar em cima de mim. - Fez com que ia sair mas eu segurei seu braço.

- Presumo que vamos nos encontrar muito daqui pra frente, "te conhecer" tem vários tipos de significado, e na minha linguagem, é amizade. - Soltei seu braço e respirei fundo.

- Tudo bem. - Ela me olhou desconfiada. - O que quer saber? - Sorri.

Marília Pov

- Oi. - Disse parando à sua frente, ela me olhou por cima do celular.

- E aí. - Voltou a olhar para a tela brilhante, bati os braços ao lado do corpo e depois coloquei-os na cintura.

- Você não me chamou? Estou aqui. - Ela me olhou franzindo a testa.

- Eu chamei? Não chamei não. - Disse franzindo a testa mais ainda.

Olhei para trás e Luísa estava conversando com Maiara, próximas demais, que vadia, é assim?Estão vamos lá.

- Vamos beber algo? - Perguntei olhando para Maraisa novamente que assentiu e se levantou. - O que você gosta de beber? - Perguntei andando atrás dela.

- Qualquer coisa com álcool. - Soltei um riso e ela riu também. - Mas prefiro vinho. - Assenti fitando sua bunda.

- É... vai ficar aqui ou ir no banheiro comigo?. - Perguntei como quem não queria nada.

- Ah, eu vou contigo, preciso trocar de roupa. - Assenti e ela foi até a mesa onde estávamos e pegou sua bolsa voltando logo em sequência.

Olhei para a praia e Maiara ria de algo, como que pode cair na lábia daquela... Ok Marília, vamos lá.