Capítulo 2

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Olá

Hoseok se surpreendeu quando saiu em companhia de Jeon do complexo do teatro da escola e percebeu que estava já anoitecendo. Mesmo que já estivesse tarde ainda estavam em um horário que haviam alunos por ali, mesmo que poucos. O celular que estava sem sinal até pouco tempo atrás agora começou a vibrar com inúmeras mensagens e notificações de aplicativos e ligações que obviamente eram apenas de seus pais e de Taehyung.

— Precisa de algo antes de irmos? – Jeon perguntou quando chegaram aos corredores.

A ideia de ir com Jungkook o deixava desconfortável, um pouco, se sentia um idiota pornão ter necessariamente com medo do rapaz depois de tudo que aconteceu.

— Eu posso ir de ônibus, Jungkook. Obrigado por ter aberto a porta, mas eu posso ir agora.

— Não pode, está muito frio e não tem mais ônibus escolar essa hora, você vai mofar aqui e eu não quero a culpa de você ficar doente nas minhas costas.

Hoseok não discutiu muito, ainda estava confuso com tudo que tinha acontecido e seu coração ainda doía ao reviver aqueles momentos horríveis que viveu preso naquela sala, foram mais de 4 horas sem sinal de vida de ninguém, ele tinha até mesmo pegado no sono sem nem perceber.

— E-eu estou molhado. – Disse como se fosse óbvio quando chegaram ao carro claramente caro do tatuado.

— O que tem?

— O seu carro...Vai molhar. – Apontou para o banco de couro claro.

— Ah – Jungkook ponderou e Hoseok pensou que ele ia ali mesmo mandar que ele seguisse seu rumo porque não valia molhar o banco do carro.

Se ele tivesse feito isso seria melhor, porque ai ele teria um motivo para sair correndo dali, da presença dele que inusitadamente não o assustava como deveria, seria esse o sinal de perigo? Talvez, Jimin disse que Jeon era problema, e se ele estivesse apenas colhendo mais informações sobre ele para aqueles outros caras?

Só que Hoseok estava tão exausto de ter que lidar com essas merdas, e se ele batesse nele? Que diferença faria ele tentar fugir? Ele sempre seria um ratinho encurralado por gente como Yugyeom e Jungkook.

Mas para surpresa dele, Jungkook apenas abriu a porta de trás do carro e pegou em sua bolsa uma tolha que Hoseok podia dizer estar limpa apenas pelo cheiro de amaciante que subiu quando ele jogou o pano para ele.

— Problema resolvido, vamos, tenho compromisso ainda.

Hoseok quis dizer que ele não pediu nada para ele, mas achou melhor segurar a língua. Ainda estava com muito frio e a ideia de ficar ali sozinho no frio, todo molhado era quase pior do que pensar em apanhar de Jeon. Sem falar mais nada ele esticou a toalha no banco e entrou no carro abrindo a boca apenas para ditar o endereço de sua casa para o rapaz tatuado que apenas assentia durante todo o caminho.

Não houve grandes cerimônias quando eles chegaram na casa do Jung, Hoseok apenas desceu do carro e fez uma profunda reverência ao Jeon em agradecimento por tudo, que, por sua vez partiu com carro meio segundo depois que ele fechou a porta.

Hoseok correu para dentro de casa agradecendo a todos os anjos por não ser perceptível que suas roupas estavam molhadas, apenas seu pai Seokjin já estava em casa e Hoseok ainda teve que escutar uma bronca por não ter dado sinal de vida.

— Me perdoe, papai. Eu me distraí com meus colegas novos e esqueci de tirar o celular do silencioso.

Seokjin cessou as reclamações, a ideia de Hoseok ter feito amizades novas logo no primeiro dia o deixava aliviado e por fim só pediu que ele fosse logo tomar banho porque seu pai e irmão também já estariam chegando para o jantar.

Infinity || HOPEKOOKOnde histórias criam vida. Descubra agora