Capítulo 07

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Atravesso a estrada correndo

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Atravesso a estrada correndo. Empurra a porta que deixei encostada quando saí e entro no prédio. Ultimamente estar na rua não tem sido agradável devido ao frio infernal e o tempo chuvoso. Fui apenas deitar o lixo fora e de um minuto para o outro começou a chover torrencialmente, me molhando toda.

Subo as escadas do prédio com pressa e cuidado para não escorregar. Tenho que trocar de roupa o mais rápido possível, se não vou ficar doente. 

Chego no terceiro andar e me deparo com a porta fechada. Quando sai, a deixei apenas encostada e não tenho as chaves comigo. Mas, felizmente, tenho uma cópia escondida no vaso ao lado. 

Verifico se não há ninguém por perto e, rapidamente, apanho a chave atrás da planta. Abro a porta e, no mesmo instante, Ginger sai do apartamento.

— Ei! Volta aqui. 

Assisto o meu gato entrar no topo da escada e começar a lamber a sua pata.

Me aproximo dele com a intenção de segura-lo, mas ele é mais rápido e corre para dentro do apartamento.

 Antes que eu pudesse entrar no meu próprio apartamento, escuto alguém subir as escada e, mais uma vez, o felino sair do apartamento.

— Mas que... — paro de falar assim que os meus olhos param no meu vizinho que também me encarava, parado em frente ao seu apartamento.

Indiferente de mim ele também estava todo encharcado. Ele vestia um conjunto de moletom cinza e um gorro preto na cabeça. O peito dele subia e descia aceleradamente, ofegante, como se estava correndo. E talvez estava mesmo. 

Os olhos do moreno se desviam para o meu gato que estava abaixo dele, miando. Diego agacha e faz festas no felino.

— Ei, amigo. O que você anda aprontando?

Observo o gato se escorregar pela parede e se deitar no chão de barriga para cima. Diego ri e continua as festinhas. 

Se Ginger não fosse macho, eu diria que ele está seduzindo o meu vizinho na maior cara de pau. Quem o vê agora, desfrutando das carícias na barriga, não sabe como ele odeia quando eu, a dona, faço isso.

Traidor.

— Anda, Ginger. Vamos entrar.

De repente, como um milagre, o meu gato decidiu obedecer de primeira e se levantou e caminhou quase majestosamente para dentro do apartamento. 

Que gato traiçoeiro eu fui arrumar. 

Ergo o olhar para o Diego que já estava de pé e com um sorriso no rosto, mas que logo sumiu quando seus olhos miram em mim.

Diego tinha um olhar diferente sobre mim. Um olhar diferente daquele dia que saímos em grupo mas igual da noite passada. Como se ele me olhasse com curiosidade. Mas não há nada de curioso em mim, por isso só deve ser coisa da minha cabeça.

Em Nome do Nosso AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora