Diego sonha em ser campeão de boxe e já lutou em vários ringues, mas em nenhuma dessas lutas ele conseguiu levar o cinturão para casa. Para Diego, cada vez que saia do ringue, seja como vendedor ou perdedor, era uma vitória para ele, era mais um pas...
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Ouvir as pessoas gritar pelo meu nome enquanto eu exibia o cinturão me deu mais prazer de lutar, mais prazer de estar ali naquele ringue.
Porra, eu sou o Campeão Mundial dos Pesos Meio Pesados. Eu ganhei um cinturão pela primeira vez desde que entrei no mundo do boxe.
Essa é a minha maior vitória.
Cada soco, cada dor, cada pingo de suor e sangue valeu a pena.
No vestiário, todos nós comemoravam a minha vitória, o Mike, o Daniel e o Jonas, o meu paramédico.
— Eu tô orgulhoso de você, garoto. —Mike aproxima de mim e aperta gentilmente o meu ombro. — Você foi ótimo. Lutou até o fim e conseguiu o que tanto queria. — ele aponta para o cinturão em volta do meu tronco.
— Eu consegui isso graças a vocês três.
— Não. Você conseguiu porque acreditou em si mesmo e batalhou pra isso. — atrás dele Daniel e Jonas concordavam com as suas palavras. — O mérito é todo seu, e de mais ninguém.
— Valeu.
O momento foi interrompido por vozes conhecidas do outro lado da porta. A mesma foi aberta revelando o Liam e depois o Abel seguido pela Amber, pela Liz e pela Marla.
— Aí tá o nosso campeão favorito. — Liam se aproximou com os braços abertos. — Parabéns cara. — ele me abraça, e dá algumas palmadas nas de leve nas minhas costas. — Você foi fantástico.
— Valeu, cara.
— Eu sempre soube que ia ser melhor amigo de um campeão de boxe. — Liam se afasta para o lado dano espaço para o Abel que me abraçou e, ao contrário do Liam, as suas palmadas nas minhas costas não foram nada suaves.
— Valeu... — respondo com uma careta de dor. O meu corpo ainda estava dolorido por causa das pancadas na luta. Acho que o meu corpo vai demorar um pouco para se recuperar dessa luta.
Consigo respirar quando Abel me larga.
— Você foi incrível, Diego. — Amber sorria para mim.
— Verdade. — Liz concorda. — Você foi top. Aquele desgraçado mereceu cada pancada. — tentei rir, mas as dores não deixaram. — E pode confiar que já tem uma nova fã.
— É. Eu também.
— Obrigada, meninas.
Os meus olhos caem sobre a Marla que até então não disse nada. Quando os nossos olhos se encontraram, ela pareceu ter saído do transe.
— É... meus parabéns. — ela sorri. — Você foi mesmo incrível.
— Obrigado. — sorrio de volta.
— E então? — Abel surge do lado da minha vizinha e põe o braço nos ombros dela, interrompendo o nosso contato visual. Automaticamente, o meu sorriso some quando olho para o meu amigo. — Onde é que a gente vai comemorar a sua vitória?
