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Já era madrugada, e alguns adultos começaram a se dirigir aos seus quartos para descansar e dormir. Você conhece aqueles adultos mais jovens que querem aproveitar a noite ao máximo? Bem, eles ainda estavam acordados, mas quem estava realmente animado eram os jovens e adolescentes da família. Parece que a madrugada é sempre o momento em que as coisas acontecem, não é mesmo? O grupinho de Maria estava em uma mesa separada do resto, jogando conversa fora e se atualizando sobre a vida e as novidades.

- Ma, vamos jogar uma pelada de vôlei? Os meninos estão arrumando a quadra. Vem, que você é boa e precisa ficar no meu time – Fernanda gritou a primeira frase e já estava puxando Maria em direção à quadra.

- FERNANDA, EU VOU CAIR! Maria gritou, meio surpresa - Eu bebi, sua idiota! Não vou jogar agora, quero ficar conversando com o pessoal.

- Ah, Maria, eu quero jogar. Vamos? Por favorzinho? Nunca mais tirei um tempo pra fazer esse tipo de coisa, a gente só trabalha trabalha e trabalha – Henrique se juntou à tentativa de convencê-la, já caminhando em direção à quadra.

- Vai lá na primeira partida, se eu ficar empolgada jogo a próxima. Não queria jogar agora, to carente dos meus amigos, queria ficar conversando – Maria respondeu

- Eu fico com você, neguinha. Deixa de fazer drama! Não to valendo nada não? – falou Dani puxando Maria pra um abraço.

- VOCÊ É A MELHOR! – maria falou abraçando Dani com amor

- Pelo menos coloquem as cadeiras perto pra verem eu dando um show na quadra contra esses héteros e essa sapatão da Fernanda – Henrique se divertia com a situação e começou a se ajeitar como se estivesse prendendo o cabelo imaginário dele e fosse jogar a última partida de sua vida.

O jogo começou, e para Maria e Dani, a diversão estava em observar os primos e primas competindo. O vôlei sempre foi uma tradição na família, e eles costumavam jogar sempre que se reuniam. Maria era ótima no esporte, sendo levantadora, mas naquela noite, ela estava mais interessada em aproveitar a diversão da festa do que em competir.

No entanto, sua mente não parava de pensar em Joana. Onde estaria ela, já que Fernanda estava jogando? A resposta veio em seguida:

Posso me sentar aqui com vocês e assistir ao jogo? - Joana perguntou, com calma e segurança. Sua voz tinha um toque sedutor, com uma pitada de malícia e inocência ao mesmo tempo.

(Silêncio)

- Pode, claro! Chega aí, mulher! – Dani interrompeu o silêncio e percebeu uma estranheza em Maria. Ela geralmente era a simpática e receptiva do grupo.

- Vocês são todos primos? Parece que quanto mais gente aparece, mais essa família cresce! Nunca vi tanta gente em uma família só – Joana sorriu timidamente, tentando iniciar uma conversa.

- Essa família é uma loucura, você não viu nada! Tem muita gente e a cada confraternização que eles inventam, eu descubro gente diferente que nunca vi na vida – Dani continuava sendo a única que interagia com Joana enquanto Maria estava quieta, aparentemente prestando atenção no jogo

- E não, eu não sou da família, sou amiga da Maria há anos! E você? Como chegou por aqui? – Dani ficou curiosa.

- Minha mãe é amiga de uma pessoa da família e foi convidada. Vim achando que seria algo mais calmo e com poucas pessoas, mas isso aqui tá melhor que muitas festas que vou. – Riu e brincou Joana

- Ainda temos mais dois dias pela frente, vamos ver o que rola. Sempre tem algo, tá? Já vou avisando. – Dani brinca com a tradição de que sempre algo polemico acontece nos eventos da família.

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