Atemporal (SaneGiyuu)

O tempo voa

Nono mês de gestação

O nono mês chegou rápido e a expectativa de ver Sakai era palpável. Tudo já estava pronto, o quartinho perfeitamente decorado com tons de branco e rosa, o berço estava no quarto do casal já que o próprio Sanemi não achava que seria capaz de dormir longe do seu bebê.

A obstetra disse na última consulta que o bebê está pronto e pode nascer a qualquer momento, mas aparentemente Sakai é muito preguiçosa e eles acabaram agendando uma cesariana.

Giyuu ficou arrasado, já estava na quadragésima segunda semana e sua filha estava quietinha dentro de si, mal tinha espaço para se mover, ele queria um parto natural e humanizado, mas a cesariana foi imprescindível já que o tempo estava passando.

- Não aguento maaaais - Giyuu reclamou e Sanemi que estava deitado em seu colo dentro da piscina ergueu o olhar.

- O que foi? Você tá bem?

- Sakai está muito pesada, minha barriga parece que vai explodir e meu emocional está a beira de um colapso - o omega falava emburrado, tirando um riso baixo do platinado - pra ajudar, não sou capaz nem de um parto normal - o sorriso de Sanemi diminuiu e ele se ajoelhou entre as pernas do omega espalmando as mãos na barriga dele.

- Sakai - Giyuu ergueu uma sobrancelha - você está chateando a mamãe. Precisa sair daí logo - o omega acabou por sorrir e negar com a cabeça.

- Ah! - fez uma expressão de dor e levou as mãos na barriga se curvando para frente, Sanemi arregalou os olhos apavorado.

- O que foi? O que tá sentindo? - nem teve tempo de agir, pois o omega começou a gargalhar, o alfa jogou água na cara do moreno ao perceber que era brincadeira.

Sanemi ao perceber como o marido ficou triste, decidiu levá-lo a um spa de águas termais, o inverno chegou e nada mais relaxante do que ficar dentro da água quentinha de uma fonte com cheiro de camomila.

Giyuu estava sentado encostado numa pedra da piscina natural, Sanemi estava entre suas pernas com a cabeça sobre o grande volume da barriga do moreno.

O alfa conseguiu uma sala particular para eles e o omega não podia se sentir mais feliz e sortudo por ter um marido tão maravilhoso.

Sanemi havia ido pegar a toalha para ajudar Giyuu a sair da fonte, retornou e o omega acariciava a barriga sentindo leves pontadas no baixo ventre, ignorando completamente, afinal, é uma dorzinha que vem sentindo a uns dois dias.

Sanemi deu a mão para Giyuu que começou a se levantar, mas sentou de volta na água ao sentir a dor um pouco mais forte, seu coração disparou.

- Amor, se estiver brincando, para agora - Sanemi falou sério vendo a expressão de pavor do moreno - Giyuu? - chamou novamente e se surpreendeu quando viu os olhos marejados do marido olharem para si - é sério?

- S-Sane...ahn - abaixou a cabeça numa expressão de dor que aumentou no nada, uma das mãos apertava a de Sanemi enquanto a outra permanecia em sua barriga agora dura. Sanemi arregalou os olhos.

- Porra Sakai - entrou de volta na fonte - vamos, precisamos ir pro hospital - falou ajudando o moreno a levantar, Giyuu até levantou, mas se sentou de novo ao sentir a barriga endurecer acompanhada da dor de novo - contração? - passou a mão nas costas de Giyuu que acenou positivamente com um gemido baixo.

Sanemi se desesperou mais ainda, como bom curioso, fez a medica lhe explicar tudo sobre o parto, quando as contrações chegassem a um intervalo de cinco minutos, queria dizer que o bebê estava pronto agora nascer, caso a bolsa já tivesse rompido, não demoraria, mas se tivesse rompido, chegar ao hospital seria pura sorte.