Meu Alá

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Estávamos em um vilarejo no Egito, muitos dos tripulantes do avião que caiu foram buscar o seu próprio caminho, estava apenas eu, Borislav, Marília e o chato do Marcondes que por sinal quase foi cortado por um árabe por falar tanta asneira.

- O que está acontecendo aqui?!- disse salvando Marcondes que estava sendo cercado por dois árabes.

- Esses caras ficaram irritados só porque eu disse que vestido é roupa dele mulher - disse Marcondes.

- Seu idiota! Essa roupa que os árabes usam não é vestido! E mesmo que fosse não era motivo pra entrar em barraco nenhum!- disse bravo.

- Você tá louco em arrumar encrenca em um país islâmico?! - disse Marília para Marcondes.

- Eu não aceito ser repreendido por uma mulher!- disse Marcondes para Marília, e ela olha Marcondes de cima a baixo.

- Então, se esse for o caso, eu te repreendo! Marcondes! Eu te repreendo!- disse bravo.

- Eu também não aceito ser repreendido por um cara que até brincar de boneca brincava!- disse Marcondes, cutucando meu peito com o dedo indicador, nesse momento eu dei um baita de um soco na cara dele.

Marcondes revidou e começamos uma luta primo contra primo, ele me deu um chute no estômago, então, eu segurei sua perna e o joguei contra a parede de uma casa. Estávamos nos preparando para um ataque final, quando Borislav apareceu no meio e separou a briga

- Cavalheiros, não sabem que é uma atitude bárbara brigar na frente de uma dama?- disse Borislav quando separou a briga.

- Obrigado Borislav!- disse Marília correndo para abraça-lo, fiquei com um leve ciúmes, mas me Conti.

- Tudo bem, querida! Nada demais- disse Borislav dando um beijo na testa dela, não fiquei com ciúmes porque sei que é a personalidade de Borislav.

- Agora tome!- disse Marília dando um tapão na cara de Marcondes e saindo brava dali.

- Sua piranha! - disse Marcondes saindo dali para outra direção.

- Está tudo bem?- perguntou Borislav para mim.

- Sim, fico feliz por você está recuperando suas memórias- disse olhando para o rosto sorridente e carismático de Borislav.

- ficou com ciúmes?- disse Borislav sarcástico.

- Eu quase fiquei, mas estou aprendendo a deixar você seguir sua vida, eu sei que você nunca vai me amar e não te culpo por isso, eu é que sou um cara estranho vivendo em um mundo normal- disse abaixando a cabeça.

-Ei! Eu não preciso ter esse tipo de amor para ter uma relação com você, você cuidou de mim durante vários anos quando perdi a memória, você obviamente tem um laço inquebrável comigo, por mais diferentes que fomos esse laço não irá quebrar, esse medalhão que você usa é apenas um símbolo da nossa união, já vivemos muitas aventuras juntos, já brigamos, já voltamos e até nos beijamos. Rodolfo, você pode não ser meu namorado, mas eu te considero mais do que um irmão, você terá um lugar especial no meu coração mesmo que estejamos longe um do outro, eu não preciso ter uma relação sexual com você para nós ligarmos profundamente pois os nossos espíritos estão ligados- disse Borislav levando minha cabeça com o dedo.

- Peço perdão pelas vezes que fiz você se sentir desconfortável- disse com uma lágrima escapando.

- Ei, não chore, os homens não choram- disse Borislav limpando minha lágrima com o dedo.

- sinto muito, vou me conter- disse com voz tremola de tristeza.

- vem, me dá um abraço- disse Borislav abrindo os braços.

- os homens não se abraçam- disse para Borislav.

- Eu dúvido você ter coragem de me abraçar aqui no meio da rua - disse Borislav me desafiando, então, eu o abracei.

Eu novamente no meio daqueles braços, mesmo com o calor de 45 graus aquele calor de Borislav era confortável. Durante o dia, Marília usava uma burca para fingir ser muçulmana até que chegamos em uma casa de banhos.

- Tudo bem! Eu espero- disse Marília, então, Borislav deu um selinho nela e entrou na casa de banho.

- Tudo bem - disse contendo meus ciúmes entrando na casa de banho com Borislav.

Ao entrar na casa de banho fiquei um pouco chocado,mas me lembrei que era comum todos os homens ficarem nus lá dentro. Tirei a minha roupa e entrei em uma das piscinas na qual Borislav estava e fiquei ao lado dele.

- purifiquem-se !- disse um dos homens que estava na mesma piscina que nós.

- O que?- fique com dúvidas.

- É pra nós mergulhar-mos, vou contar até três: um, dois... Três!- disse Borislav, então, ele e eu mergulhamos ao mesmo tempo.

Ficamos submersos para ver que ficava mais tempo, mas Borislav ficou fazendo caretas debaixo d'água, então, perdi o fôlego e levantei. Após o banho, voltamos até Marília e procuramos um lugar para dormir.

- porque não procuramos ajuda para voltar ao Brasil?- perguntou Marília.

- verdade nós estamos andando em círculo- disse Borislav, mas eu abaixei a cabeça pois temia que a ditadura militar não tivesse acabado.




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⏰ Última atualização: Jan 13 ⏰

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Apaixonado por uma divindade- LIVRO  IIOnde histórias criam vida. Descubra agora