Quem é Borislav

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Borislav era um rapaz extrovertido e desastrado, sendo o caçula de 13 filhos  (contando com ele) era a hora de se casar pois já havia completado 18 anos e sua prometida esposa Eshila (casamento arranjado) estava se preparando à semanas ouvindo conselhos das mulheres mais velhas, enquanto, ele tinha relações com garotas não ciganas como tradição (A noiva deveria ser virgem, mas o noivo não poderia ser virgem).

-  Está animado para casar?- perguntou Radomir, tio preferido de Borislav.

- Eu sou um homem de sorte, vou me casar com uma garota linda como a Eshila- disse Borislav apertando a mão de seu tio.

- E como está o seu chute?- disse Radomir em posição de ataque (Radomir ensinava karatê e jiu Jitsu para Borislav e seus irmãos).

- pode vim!- disse Borislav se desviando dos chutes de Radomir, mas no fim foi atingido.

- precisa praticar mais, pode precisar um dia para se defender- disse Radomir.

Os dias se passaram e a cerimônia do casamento de Borislav e Eshila teve início. Eshila estava cheia de joias (nada de bijuterias) como manda a tradição dos ciganos e Borislav estava usando uma roupa típica de cigano (toda colorida), eles se aproximaram do sacerdote.

- Que os elementos da natureza os unam até o fim dessa vida, recebam a bênção dos deuses- disse o Sacerdote, então, Borislav e Eshila tomaram uma taça de vinho, com isso todos aplaudiram os recém casados.

- parabéns! meu sobrinho querido!- Disse Radomir batendo palmas enquanto Borislav e Eshila desciam do altar em direção a ele.

- Obrigado, a todos vocês!- disse Borislav.

- receba esse medalhão, te dará sorte- disse Radomir colocando o medalhão em Borislav, porém após colocar o medalhão em Borislav um tiro atingiu a cabeça de Radomir.

- Tio Radomir!!- Gritou Borislav ao ver seu tio caindo no chão.

- Borislav! Cuidado!- Gritou Eshila ao ver vários soldados nazistas atirando nos ciganos.

- Eles mataram o meu tio!- disse Borislav, então, Eshila saiu correndo.

- Borislav! Vamos embora! Agora!- disse o pai de Borislav o puxando para longe dali.

Os soldados nazistas entraram
na comunidade de ciganos atirando, Borislav e sua família fugiram para um lado e Eshila fugiu com sua família para outro lado. Borislav, segurou o medalhão que seu querido tio lhe deu, então, ele é sua família entraram em uma caverna atrás de uma cachoeira para que os cães farejadores dos nazistas não os encontrassem.

- Não se preocupe, meu filho, os espíritos me dizem que você e Eshila voltarão a se encontrar, mas esse medalhão você dará a alguém no futuro- disse a mãe de Borislav.

- Quando eu irei ver Eshila?- perguntou Borislav.

- Isso os espíritos não me falaram- disse a mãe de Borislav.

- Às vezes, acho que a senhora não vê o futuro, que é tudo uma farsa!- disse Borislav zangado.

- Borislav! Respeite a sua mãe!- Gritou o pai de Borislav.

- Acho melhor ficarmos em silêncio- disse o irmão mais velho de Borislav quando ouviu barulho de soldados.

Derrepente, uma pedra atravessa a cachoeira e entra na caverna, nesse momento, todos ficaram estáticos pois de a pedra atravessou a cachoeira era uma prova de que tinha um espaço lá dentro. Todos se esconderam atrás das estalagmites da caverna, não demorou muito para um soldado atravessar a cachoeira com um lança-chamas.
Os soldados nazistas estavam do lado de fora da cachoeira esperando o outro soldado sair de lá, todos com as suas armas miradas para a cachoeira. Derrepente, o soldado saiu da cachoeira, os soldados perguntaram se tinha alguém e ele balançou a cabeça e seguiu os soldados.

Os soldados foram até um posto de gasolina, então, o soldado que saiu da cachoeira usou o lança-chamas e explodiu o posto de gasolina com os nazistas dentro. Depois esse soldado tirou o uniforme pois era Borislav disfarçado (o soldado que entrou na caverna foi morto naquele momento por Borislav e sua família).

Acordei e percebi que ainda estava no avião (aceitei as passagens de Lucas), Borislav estava do meu lado dormindo como um bebê, então, me abaixei para dar um beijo em sua testa, mas ele levantou a cabeça e bateu no meu queixo.

- Tudo bem?- perguntou Borislav acordando.

- Você bateu no meu queixo- ao falar isso me lembrei de quando tentei beija-lo em uma gruta.

- engraçado, agora o homem pode até voar- disse Borislav olhando pela janela do avião.

- Você me disse isso uma vez- contei para Borislav e dei um beijo em sua testa.

Apaixonado por uma divindade- LIVRO  IIOnde histórias criam vida. Descubra agora