O Nobre Destruído.

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Atenção! Capítulo contém gatilho de violência sexual implícito.
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Esse mundo pode te machucar.
Te cortar profundamente e deixar uma cicatriz.
As coisas desmoronam, mas nada quebra como um coração.

Os passos firmes eram dados no corredor, o belo homem trajado em um quimono de algodão branco adornado pelo cachecol vermelho que era sua marca registrada escutava a medida que o barulho ficava mais alto

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Os passos firmes eram dados no corredor, o belo homem trajado em um quimono de algodão branco adornado pelo cachecol vermelho que era sua marca registrada escutava a medida que o barulho ficava mais alto. Comprimindo os lábios ele os aperta um contra o outro e foi da penumbra daquela sela que ele escolhe nao olhar para quem estava sendo escoltado. Horas mais tarde e ele abre seus olhos ao prender sua visão na figura mascarada até que abrisse a porta da jaula.

A bandeja fora deixado ao seu lado. Então prestando o seu respeito ajoelhou-se em sua frente.

— Quem era aquele? — questionou movendo seu olhar para o corredor.

— Byakuya Kuchiki, senhor. — respondeu curto e grosso vendo o rosto do mais novo mudar. — O que o senhor fará a respeito? — questiona o moreno de cabelos acobreados.

Virando o rosto para o outro lado apenas se moveu para sentar-se sobre o colchão de lençol branco. Apesar de ser solitário e sombrio aquelas grades forneceram uma proteção que ninguém na sua família ou Sereitei lhe proporcionou e mesmo que o mascarado tenha girado para olhá-lo ainda mantendo ajoelhado.

"Os passos de uma criança correndo eram escutados ao longe. Seus olhos esmeraldas apenas acompanhavam o momento em que a líder do clã Yoruichi provocou o seu sobrinho. As sobrancelhas se curvaram e um curto sorriso surgiu em seus lábios enquanto a discrição dos dois continuava. Bastou que a deusa do shunpoo desamarrasse o cabelo do pequeno e lá vai ele atrás da mulher.

— Crianças... — Riu pendendo a cabeça para o lado ao ver o quão infantil a mulher mais velha parecia.

As vezes ela nem parecia uma princesa alfa, uma do tipo que já lutou diversas batalhas junto das divisões de guardas e que por vezes parecia tão infantil quanto seu explosivo e pequeno sobrinho.

A mudança de ambiente fora palpavel quando ele sentiu um arrepio subir em suas costas ao sentir lábios molhados em contato com seu pescoço e uma grande mão pousar em sua cintura. Ele tremeu e sua garganta ficou seca.

— Em uma noite como essa um ômega tão bonito não deveria ficar sozinho. Nem todos são controlados como Yoruichi Shihouin, Shunsui Kyrouaku e outros. — A voz grossa de Hiroshi Noyatsu rente ao seu ouvido.

Em um susto Kouga se afastou se virando de frente para ele, arfando pelo pânico que não queria demonstrar. Seus lábios estavam secos e sua mente estava pensando em como poderia sair de lá.

— O que merda está fazendo? — rosnou o jovem de cabelos roxos.   

— Procurando um ômega para me afundar nessa noite e já que você é o mais próximo serve para o que eu pretendo. — o sorriso cafajeste e maligno do rapaz de cabelos brancos alargou em especial quando viu a mudança em sua face.

Kouga não estava no cio, mas os alfas e alguns betas não os respeitavam. Por algum motivo ele percebeu que estava ferido e incapaz de se defender. A academia não haviam muitas pessoas e tanto Shihouin quanto seu sobrinho estavam muito longe.

Não se perdoaria pelo que estava prete a fazer, mas ele apenas correu. Se pudesse chegar a Ukitake ou seu irmão mais velho estaria à salvo.

Pelo próximo caminho ele correu e correu, se distanciando. Porém a vida tende a ser difícil e tudo o que sente é um peso se chocar contra seu corpo o derrubando. A região da costela danificada bate contudo em uma pedra e o grito que solta é abafado pelo engasgo em sua garganta pela mão de garras afiadas em seu pescoço e o nariz o fuçando.

— Eu disse que te pegava! — As palavras vieram com a mão invadindo suas roupas.

Não era possível. Como isso fora acontecer? Ele só tinha que levar Byakuya embora para casa e dormir durante várias horas, não era nada demais. Assim que fora violado a mão em seu pescoço tapou sua boca para abafar os gritos de dor consequência do ato violento.

Kouga apertou com força as folhas secas e movia sua cabeça em negação enquanto dava socos naquele alfa. Mas não importava o quanto pedisse ou o choro que a dor das estocadas e a da humilhação, Hiroshi não parou mesmo depois de chegar ao limite, apenas trocava o Kuchiki de posição como se fosse um brinquedo.

Ao se dar por satisfeito, reunindo um pouco de força o jovem fecha as pernas, tendo sua visão turva. Suas costelas sangravam e sua tremedeira e lágrimas não cessavam. Assim que o mais velho saiu do local, o Kuchiki tentou se levantar em vão, mas assim seguiu para a sua casa. Não estava afim de ver ninguém.

Foi se arrastando que chegou a casa. Retirou as kenseikans que prendiam a mecha vermelha em seu cabelo e retirou aquelas roupas se dirigindo para baixo do chuveiro aonde soltou um alto grito enquanto permanecia tremendo.

As perguntas que rondavam sua cabeça era o porquê de tudo aquilo. Alfas tinham mesmo que ser assim? Mesmo que sua irmã, a Shihouin, Kyrouaku fossem bons exemplos. Esqueceu por breves segundos que a maioria era de dar medo. No geral não sentia medo, tinha sua bankai e sabia o quanto era forte, mas quando estava fragilizado.

Algum tempo se passou até que saísse de casa. Membros do esquadrão foram a sua casa, mas ele agia como se não tivesse em casa. O pequeno Byakuya estava preocupado e Yoruichi estranhou aquele comportamento. Mal sabiam eles que Kouga estava deitado na cama encarando a parede enquanto seu corpo tremia violentamente.

Sabendo que seus irmãos estavam fora teria que contar isso ao seu pai e quando reuniu forças se vestiu o melhor possível, colocou as kenseikans e o cachecol e seguiu para aonde seu pai estaria. Ainda estava devagar e mesmo que seu coração apertasse ele chegou perto e se ajoelhou com dificuldade.

— Com licença, pai. Eu não pretendia atrapalhar o senhor, mas preciso lhe contar a respeito do meu sumiço por esses dias. — Kouga tinha o seu rosto entristecido e tudo o que ele queria era o conforto.

Ginrei se virou mantendo sua postura fria ao olhar para o seu filho mais novo. Piscou seus olhos sem se importar porque ele estava tão fragilizado e machucado.

— Pode falar. — Disse logo em seguida.

Haviam alguns membros do clã junto de seu avô, mas ele tinha que dizer agora ou não saberia quando que teria a coragem de fazer novamente.

Há 10 dias atrás eu fui violado por Hiroshi Noyatsu! — Kouga engoliu seu orgulho para contar aquilo daquela forma.

Por estar constrangido pelo que acabará de falar não viu seu pai se aproximar e só sentiu o ardor do tapa desferido em seu rosto, de modo que acabou virando para o outro lado.

— P-Pai? — Os lábios se entreabriram e os olhos estavam bem abertos."

𝐀𝐒 𝐏𝐄́𝐓𝐀𝐋𝐀𝐒 𝐃𝐀 𝐂𝐄𝐑𝐄𝐉𝐄𝐈𝐑𝐀 ¦¦ RenByaOnde histórias criam vida. Descubra agora