Sentimentos Paralelos: Rosé.

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Não é dó ou culpa.
A verdade é que sempre te amei.

O olhar de Takehiro por detrás da máscara se focou aonde Ginrei estava, por estar ainda inclinado em direção da lâmina de sua espada observava o velho com o canto dos olhos através da máscara branca

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O olhar de Takehiro por detrás da máscara se focou aonde Ginrei estava, por estar ainda inclinado em direção da lâmina de sua espada observava o velho com o canto dos olhos através da máscara branca. Levava em consideração os sentimentos do homem que estava atrás de si, a expressão em seu rosto apertava seu coração. Não era segredo que sempre quis se aproximar daquele ômega desde que eram mais novos e graças a sua demora e insegurança o Kuchiki pagou um preço alto.

— Takehiro-kun! — chamou o menor com o lábio semiaberto. As lágrimas inundaram seus olhos enquanto via o estado em que homem que permaneceu ao seu lado por todos esses anos se encontrava. — Por que você está indo tão longe por mim? — o coração deu salto em esperança de um sentimento velado que nem sequer sabia nomea-lo.

Os olhos amendoados do shinigami voltaram a Ginrei Kichiki que estava logo atrás dele. Um sorriso gentil se ganhou forma em seus lábios. Independente dos sentimentos daquele ômega de belos olhos esmeraldas ele permaneceria ao seu lado o quanto a vida lhe permitisse. Embora seu rosto pudesse vir a ser um empecilho. Decidiu resolver isso em outro momento.

— Kouga-san, você é a pessoa que mais me importa na vida! — virou seu pescoço para olhá-lo de uma só vez. — Independente do que sinta por mim, eu continuarei ao seu lado e não deixarei que ninguém te faça mal. Nem que essa pessoa seja seu próprio pai. — colocou sua coluna ereta e agora seu olhar se encontrava com o do mais velho.

Quando o velho ceifeiro Kuchiki pois se a atacar o Noyatsu, ele avançou para contra atacar, aquela briga entre os dois estava indo muito além de Hideki e Byakuya. Aquilo já se tratava em proteger o caçula. Nunca entendeu porque Ginrei ficava ao lado de qualquer um, menos de seu próprio filho. Agia como se o nobre fosse um plebeu promíscuo e isso o enojava, porque esse homem não gostava de seu próprio filho e isso não fazia nenhum sentido. Para ele aquele velho não passava de um amargurado.

Hanataro sempre fora desajeitado e enquanto limpava os corredores ele quase se machucou. Dentre aquela escuridão Kouga ainda se preocupou com ele e passavam a conversar sempre que o jovem estava por lá. Nunca havia visto aquele ômega e foi nesse momento que esteve feliz por ele ter ficado em paz mesmo que recluso. Os dois conversavam bastante. Lembrou-se de quando o Kuchiki cismou com sua máscara e eles discutiram por isso; insistiu que não se confiava em quem não mostrava o rosto. No entanto ele se provou e o outro chegou a pedir-lhe desculpas.

O tilintar de espadas tocando uma na outra trazia essas lembranças e as de seu tempo de juventude. Takehiro sempre foi mais rebelde e como naquela época ainda não havia mudado drasticamente ele era mais semelhante ao seu irmão, embora que sua pele sempre foi um tom mais pardo que a do seu irmão, um tom bronzeado de pele marrom que contratava com seus olhos amendoados. Seus cabelos sempre foram raspados do lado deixando só a parte de cima e a tatuagem sempre fora sua marca. Gostou de Kouga a primeira vez que o viu levando o sobrinho para a academia shinigami. Trocaram duas palavras e gostou dele naquele instante e então sempre teve um motivo de estar sempre em frente a academia.

Na época a sua irmã mais velha era uma das professoras, então logo as piadinhas vieram. Além do mais que sua irmã, Kirin, era amiga da irmã mais velha daquele ômega. Seu rosto sempre ficava avermelhado devido às piadas ainda mais que ele não tinha coragem de falar nada do que sentia. Seu irmão gêmeo que causava problemas achou um jeito de passar a sua frente. Não sabe da relação de Mahina e Kirin depois do que houve, mas sabia que seus pais e tios acreditaram em Kouga Kuchiki de imediato pena que o pai dele nunca lhe falou sobre esse fato.

Chegava a ser uma piada de mal gosto a família do mal feitor acreditar na vítima e o pai dele não. Takehiro engoliu em seco quando um golpe de hadou fez um corte perigoso em seu rosto e bíceps. Em um rosnado respondeu o ataque com um corte. O Kuchiki filho engoliu em seco e mudou sua expressão apertando a mão em punho. Não era como se ele fosse um incompetente e volta e meia ele mesmo usasse se sua zanpakutou, mas era como se estivesse sendo impedido de usar os poderes de Muramasa.

— Bankai... — começou ele se concentrando dessa vez.

Porém, tudo o que Takehiro fez foi se virar e ir de encontro ao ômega de cabelos arroxeados. Ele não foi o único que pensou e como todo Kuchiki que possuía bankai em pétalas de flores, Ginrei mirou em seu próprio filho. Então os dois caíram em solo sendo que o mais novo bateu com as costas no chão fazendo uma careta com a batida e o alfa acima dele com os braços em volta de sua cabeça para evitar que ferisse a cabeça. O primeiro impacto perfurou-lhe a cravicula e o segundo arranhou sua máscara a movendo milímetros do lugar.

— Takehiro! — chamou quando o viu se mover ficando a sua frente. O sangue caia de seus lábios, pois a lâmina de Ginrei atravessou o seu peito tendo em seguida a lâmina puxada e partido sua máscara.

Com o barulho do corte, as partes da máscara caem de seu rosto. Noyatsu cae para trás sendo amparado por Kouga que o amparou em seus braços pela primeira vez vendo em si o seu rosto, as lembranças do passado voltando de uma vez e o atingindo.

Takehiro abriu seus olhos ofegante. Encarou o rosto surpreso do ômega, como esperava o inevitável aconteceria. No entanto não foram essas lembranças que o Kuchiki teve e sim de todas as conversas que teve quando ia buscar Byakuya.

— Não adianta perguntar porque entrou na minha frente. Sabia que sua fisionomia me era familiar,  mas como eu ia saber se o homem gentil que sempre conversava comigo quando ia buscar meu sobrinho nunca me disse seu nome. — Um curto sorriso surgiu nos lábios do Kuchiki, mas isso mudou quando ele direcionou o olhar para seu pai.

Estava mais que na hora de reagir.

𝐀𝐒 𝐏𝐄́𝐓𝐀𝐋𝐀𝐒 𝐃𝐀 𝐂𝐄𝐑𝐄𝐉𝐄𝐈𝐑𝐀 ¦¦ RenByaOnde histórias criam vida. Descubra agora