O Confinamento Silencioso.

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Você é tudo o que eu tenho.
Então por favor...

As horas se passaram e novamente Byakuya não havia ido para casa

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As horas se passaram e novamente Byakuya não havia ido para casa. Também não foi contatar o Renji ou tão pouco dormiu em sua sala no sexto posto. O capitão apenas estava embaixo de uma cerejeira de frente à um grande rio enquanto parecia esperar que naturalmente seu subordinado o encontrava, o que aconteceria já que aquela zona de treinamento ficava justamente no caminho diário dele.

O vento passava forte movendo seu cachecol e cabelos. Ultimamente era raro ver o mais velho sem o cachecol. Um suspiro deixou o seu cabelo, principalmente quando o cheiro, reiatsu e voz de Abarai preencheram aquele lugar.   

— Bom dia, taichou! — formal e dedicado como sempre encarou seu taichou pelas costas.

Os olhos dele repousaram no corpo esguio do nobre, sentiu certa fragilidade e todas as celulas do seu corpo gritaram para que ele abraçasse o seu capitão e o confortasse.

— Renji, preciso que você preste atenção no que eu vou dizer:... — Byakuya mordeu seus lábios vacilante. Porque seu coração havia apertado de repente. — Você ficará em meu lugar como capitão no sexto posto.

Os olhos do ruivo se arregalaram e ele trincou os dentes avançando dois passos em direção ao nobre tentando entender o que se passava naquela cabeça dele.

— Como assim, taichou? — estreitou os olhos vendo que o ômega retesou fechando os olhos e se amaldiçoou pela sua reação exagerada.

— Renji, isso já não é um problema seu. — o menor falou com um fio de voz. — E eu não sou mais o seu capitão.

— Não confia tanto assim em mim, Lorde Byakuya? — a questão veio impiedosa. O ruivo estava desesperado para entender aquele Kuchiki cabeça dura.

O moreno parou de andar e o Abarai não deixou de encarar as suas costas. O silêncio predominou enquanto o vento dançava com as pétalas das cerejeiras. Bastou um piscar de olhos e o moreno apareceu atrás dele o fazendo arregalar os olhos.

— Renji! — ordenou rente as suas costas. O moreno era bem menor que ele e quase esquecia disso, porém ele estava tão perto que deixou o mais jovem tenso. — Você acha porque estou te pedindo uma coisa dessas...? Me perdoe!...

O alfa iria se virar quando seus olhos arregalou e sentiu o tapa forte em seu pescoço o fazendo perder os sentidos e cair no chão de bruços.

— Capitão! — gritou erguendo a mão para segundos depois desmaiar.

A mão foi até o pescoço e retirou o cachecol esverdeado e cobriu seu subordinado com ele. Lembrou-se por um momento de quando ele havia o enfrentado e dispertado sua bankai o deixando orgulhoso. O curto sorriso se desfez e usando o shunpo seguiu em direção ao distrito do clã.

Assim que colocou os pés no local fora surpreendido com alguns guardas. Parecia estar entediado. Geralmente quando ficavam reclusos mandavam gente do alto escalão, ou seja, um capitão e um tenente.

— Não sei o que você fez, capitão Kuchiki, mas independente disso até Mayuri e o Ichimaru se recusaram a se intrometer e levá-lo. — Byakuya conhecia aquela voz e quando viu aquela silhueta arregalou os olhos. — Na verdade todos os capitães, tenentes e oficiais parem respeitá-lo bastante. Se tornaram irritamente incorruptíveis. — um bico em desgosto se formou nos lábios do homem que vestia um shihakusho sem mangas aberto até pouco acima do umbigo. — Seu adorável tio não teve a mesma sorte. Huhuhu — soltou um riso baixo e soprado.

Hiraga Noyatsu! O alfa que causou traumas físicos e mentais em seu tio. Trincou os dentes com força, lembrava de ser uma criança de 10 anos e ver Koga sentado tremendo e chorando. O ômega estava todo bagunçado, ninguém além dele foi prestar socorro à ele e lembrou-se de ter envolvido o pescoço dele com seus pequenos braços até a chegada de Shihouin Yoruichi.

Assim que ela pois os olhos nele, seu semblante mudou e ficou furiosa como nunca havia visto antes.

— Quem te permitiu entrar nesse lugar? Só de olhar pra você eu tenho nojo. — Byakuya o encarou como se estivesse prestes a matá-lo. Já não causou danos demais uma vez.

— Oh! Você não sabia? Seu avô e seu noivo me falaram para te escoltar. — disse quase que entediado. — E você é muito atrevido. Sua irmãzinha e cunhado não estão por aqui e tenho passe livre pra fazer o que eu quiser e será mais fácil te levar para o confinamento se estiver inconciente. — sorriu ladino olhando para o menor.

Byakuya levou a mão ao cabo da espada, mas desistiu segundos depois. O moreno de cabelos bagunçados parou bem perto do mais jovem e apontou o caminho para que ele seguisse. As folhas das árvores frondosas caíram com o vento que passava, o céu estava escuro e uma tempestade se aproximava.

O adorno de cabelo fora permitido que ficasse na posse do líder do clã Kuchiki, porém um kimono branco fora lhe dado por uma mulher aparentemente mais jovem.

— Não o reconheci a princípio, me desculpe Byakuya-sama! — a mulher estava alarmada e se abaixou em reverência diversas vezes.

O pelotão responsável pela prisão geralmente eram membros do quarto posto e alguns oficiais. Assim que já havia se trocado, uma corrente fora posta em seu pescoço para conter o uso de reiatsu e conjurar feitiços ou a própria bankai.

A sela era escura, porém havia apenas uma cama no canto da parede e um banco. A solidão seria a sua companheira daqui para frente e bem diferente das outras vezes. Olhou para o céu pela pequena janela daquela sala assim que os guardas saíram, um suspiro foi dado novamente.

Levou as mãos aos cabelos para retirar as presilhas das kenseikans, mas notou que estava sem elas. Deveriam ter ficado em cima da mesa da sala se avaliação. Algumas horas se passou e ouviu passos pelos corredores.

Um garoto baixo e magro de cabelos curtos, com uma mochila em suas costas passava um esfregão nos corredores. Podia o ouvir cantarolar, mas nada fez. Os dias seriam longos dali para frente.

𝐀𝐒 𝐏𝐄́𝐓𝐀𝐋𝐀𝐒 𝐃𝐀 𝐂𝐄𝐑𝐄𝐉𝐄𝐈𝐑𝐀 ¦¦ RenByaOnde histórias criam vida. Descubra agora