Capítulo 25

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Wei Ying estava sentado há horas na cama de seu quarto de hotel. Várias vezes, a sua mãe e seus amigos tentaram persuadi-lo a sair ou a decidir se ele iria ou não embora de Jersey, porém, passaram-se três dias e nada. Ele comia no quarto calado, e algumas vezes deixou alguns de seus conhecidos dividirem com ele a companhia.

Pensava em como descobrir o que se passava em seu coração. Em descobrir por que o beijo que recebeu no dia da festa dos veteranos tinha sido tão chocante e por que seu coração disparava toda vez que ele se lembrava do assunto.

Estaria louco? A razão havia abandonado o seu corpo e ele não era mais uma pessoa sã? O que significava seu pensamento flutuar em coisas passadas que ele se recusava a aceitar como ainda parte de sua vida? Por que ele não conseguia dizer com ênfase e certeza que não havia gostado daquele beijo?

Porque ele havia gostado. Wei Ying havia adorado cada segundo e gostaria de estar vivendo aquele momento do beijo mais uma vez. Ele pensou que se a sua vida nos últimos anos pudesse se resumir a um momento, aquele seria o momento e ele tinha certeza que tudo podia acabar depois que ele não ligaria.

Mordeu o lábio; sua mãe entrou no quarto e lhe afagou o cabelo, o fazendo reclamar e balançar a cabeça em negligência. Ele esperou que ela se sentasse para poder começar a falar.

"O que devo fazer?" Perguntou a ela e Lin o olhou. A mulher deu um sorriso e passou carinhosamente a mão pelo joelho do filho.

"Você foi à escola, este foi o primeiro passo." Disse. "Zonghui me disse que...que você encontrou Lan Zhan, isso é verdade?" Wei Ying assentiu, respirando fundo. "Acho que foi uma grande prova de força, meu filho."

"O que devo fazer?" Perguntou novamente, desta vez com mais ênfase. "Por que eu sinto que ainda resta algo que me... que me impede de deixar este lugar?"

"O que falta do seu passado, Wei Yingie? Onde as suas mágoas ainda moram? Onde você depositou sua esperança? Por onde você se perdeu? Há alguma coisa ou pessoa ou... lugar que você tenha estado anos atrás e que precisa voltar a ver?"

Ele olhou a mulher ao seu lado e a encarou por alguns momentos, afirmando como quem entendia do que se tratava. Levantou-se ligeiro e vestiu uma camisa de moletom, correndo até a porta e saindo, nem notando que esquecera de passar maquiagem no seu rosto.

**

Ele desceu do táxi que pegara e olhou para os lados, não reconhecendo o lugar aonde foi parar.

"Tem certeza que é aqui?" Perguntou ao taxista e este assentiu. "Pode me esperar um minuto?"

O motorista fez que sim e Wei Ying desceu do veículo, olhando um enorme prédio que estava rodeado de várias casas. Ao redor, ele notou, não havia nenhum resquício do vazio que aquele lugar era há um tempo atrás. Ele se aproximou do prédio, tocando o cimento gelado e suspirou. Aquele prédio estava no local onde um dia fora a cabana onde ele e Lan Zhan tiveram vários momentos juntos.

Ele encostou a testa contra a parede e fechou os olhos, nem se importando com o fato de que algumas pessoas saíam e entravam naquele edifício a todo momento. Aquele lugar, um dia, fora seu lugar favorito, onde juras de amor e promessas foram trocadas e onde ele se entregou pela primeira vez a alguém. Ao homem que amava.

"Deve ser um sonho." Sussurrou contra o pescoço de Lan Zhan, a sua respiração fazendo cócegas no rapaz. "Eu estou sonhando?"

Lan Zhan balançou a cabeça, negando. Virou o rosto e olhou o rosto de Wei Ying por um momento antes de beijá-lo longamente. O corpo estava suado e o de Wei Ying também e eles haviam acabado de fazer amor pela primeira vez. Lan Zhan mordeu os lábios rosados de seu amante várias vezes durante o beijo, fazendo Wei Ying corar e fechar fortemente os olhos.

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