Capítulo 6 - A Assistente Perfeita

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XAVIER

Trim! Trim!

O som continuou enquanto eu abotoava minhas calças.

— Um minuto, porra! - eu gritei, tentando reorganizar a protuberância em minhas calças para ser menos perceptível.

— Xavier - Angela assobiou. — E se for... algo importante?

Amarrei um moletom na cintura para esconder minha ereção.

Eu não poderia dar me importar menos.

Finalmente, o vestido de Angela estava em ordem, e eu estava decente também. Ela balançou a cabeça, tão frustrada com a interrupção quanto eu. Coloquei minha mão na parte inferior de suas costas e, juntos, caminhamos até a porta.

Eu abri a porta e não fiz nenhuma tentativa de esconder meu desgosto pela pessoa que estava diante de nós.

— Henry - eu cuspi. — O que diabos você está fazendo aqui?

O palhaço estava vestido com toda a sua glória de mauricinho, como se tivesse navegado dos Hamptons para nossa cobertura.

Ele estava rodando uma garrafa magnum de champanhe Dom Perignon vintage em um carrinho de prata.

— E o que diabos vamos fazer com isso? - eu perguntei, antes que ele pudesse responder.

Meu primo franziu a testa com a minha franqueza.

Ao meu lado, Angela cruzou os braços.

— Olá para você também, querida prima - ele disse sarcasticamente.

— Eu trouxe um presente para você. É para vocês dois. Eu teria trazido para o casamento, mas não fui convidado.

— Foi uma cerimônia íntima - eu disse com um encolher de ombros.

— Mas se eu me lembrasse que você era um festeiro, talvez eu tivesse aberto uma exceção.

— Olha, cara. Pense nisso como uma oferta de paz. Sinto muito por ter instigado você nos Hamptons e estou feliz por você e sua esposa. Eu realmente estou.

Henry suspirou. Claramente, se desculpar o deixou desconfortável, e eu notei que Angela apreciou o gesto.

Mas eu não era convencido tão facilmente.

Lembrei-me do que ele disse sobre Angela nos Hamptons que me fez estourar na cara dele. Que ela era uma noiva por correspondência. Alguma prostituta. Não, um homem como Henry não mudou de opinião por causa da bondade de seu coração.

Ele estava aqui porque queria algo.

— Não sei, Hen - comecei usando o apelido de infância que sempre o fazia se contorcer.

— Eu sinto que isso tem menos a ver com o casamento e mais a ver com o testamento do meu pai.

Eu levantei uma sobrancelha para o pequeno bastardo arrogante.

— Eu admito - Henry revelou. — Minha família ficou um pouco magoada quando soubemos que fomos deixados de fora do testamento de Brad. Tia Heather, em especial.

— Achamos que seria uma boa ideia se eu viesse falar com você, apenas para ter certeza de que não há nenhum... ressentimento ou algo assim, entre a Knight Enterprises e nós.

Senti meu sangue começar a ferver. Henry era o mesmo quando meu pai estava vivo. Ele sempre foi um filho da puta aproveitador, sempre tentando ganhar algo. Assim como eu suspeitei, ele não deu a mínima para a morte do meu pai. Ele só queria seu dinheiro e poder, e agora ele viu uma maneira de obtê-los.

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