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Boa leitura

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Boa leitura.

Planos Finais.

Ainda na mesma noite do capítulo anterior.

— É isso então. Na sexta vocês trazem suas malas, arrumamos certinho um lugar para cada um dormir e pronto. — Diz Japão, em tom de conclusão. O japonês se alongava sentado na cadeira, eles passaram bastante tempo arrumando coisas sobre a viagem e conversando sobre.

Todos suspiram de cansaço, se esticando. Embora não tenham feito muito esforço físico, estavam cansados e provavelmente com dor de cabeça.

Desde quando arrumar passagens para o Brasil ficou tão difícil?

Não foi fácil para os países conseguirem uma passagem, o Brasil anda ficando meio movimentado com o tempo, tanto que suas passagens estão esgotando facilmente.

— Minha bunda já está quadrada de ficar tanto tempo sentada! — Diz Colômbia, se levantando da banqueta que tinha na bancada da casa do japonês, apesar de que todos ainda estavam no Qatar.

Martín coçou seus olhos, o sono estava dominando o argentino. Aliás de que já estava tarde. Com a rotina que o mesmo tinha adquirido com a copa, acabou se acostumando a dormir mais cedo do que já dormia antes. Assim, ficando com sono mais rápido.

— Beleza galera, eu já vou indo. Tenho um pré treino cedo amanhã....e algumas coisas para resolver com o Inglaterra.— O norte americano diz, se levantando enquanto arruma seus pertences.

Em questão de alguns minutos, todos já estavam prontos para ir embora. Se despediram do amigo japonês e seguiram rumo às suas casas alugadas. Que alugaram durante a copa.

O japonês entrou em casa, fechando e trancando a porta atrás de si. Ele suspirou, pensando:

Tomara que essa viagem dê certo, nunca me estresse tanto com papéis. — Pensou o Japonês.

No quarto do Luciano

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No quarto do Luciano.

Luciano retirou sua camisa e deitou-se em sua cama. Puxado a coberta para si, o moreno apoiou sua cabeça no travesseiro. Se deixando pensar alto, ele disse. Sozinho, para si mesmo.

— Será que eu ainda gosto do Martín e não percebi?...Bom, não faz sentido eu gostar daquele loiro oxigenado, ele estava me perdendo e nem se deu o trabalho de perceber. — O moreno fez uma careta ao lembrar — Porque ele tem que ser tão orgulhoso? Será que a Colômbia tava dizendo a verdade? Porque o Martín simplesmente não consegue gostar de mim? Poxa, eu já deixei na cara que quero ele, mas ele é tão "cuzão". Ele se importou tanto com o que os outros iriam pensar da gente juntos, que não percebeu que estava me perdendo. — Uma lagrima de dor e tristeza escorreu pela bochecha do brasileiro, seguido de soluços chorosos vindos do moreno.

"Brasil e Argentina, Os Dois Maiores Rivais No Futebol" — Ele sorriu ao lembrar do que leu em um jornal sobre a copa, contando sobre os dois rivais, época em que a dúvida de 'Os Dois Maiores Rivais Do Futebol Irão Se Enfrentar Na Copa 2022?' Era um dos assuntos em que as pessoas mais falavam, mas em poucas semanas foi deixado claro que isso não aconteceria, pois Brasil foi eliminado pelo Croácia. — Ele sempre pareceu tentar engolir os sentimentos na frente dos outros, parecia que eu estava amando pelos dois. — O brasileiro, em um movimento rápido, limpou suas lágrimas em seu rosto, como se estivesse negando a si mesmo a vontade de chorar por causa disso, como se isso fosse algo tão "bobo" para chorar. Como chorar por algo inútil.

Ele pensou em muitas coisas, e deixou escapar em voz alta.

— Tudo isso que aconteceu, na copa, naquela festa de encerramento da copa...em tudo aquilo eu era o Brasil, um cara legal, gente boa, que está sempre sorrindo e fazendo piadas. Um cara feliz. Mas quando eu estou sozinho, eu sou o Luciano. O Luciano é como o Brasil, mas de um jeito triste e inverso. Eu sou visto como o astro do futebol, o país do futebol, eu sou o Brasil. Mas nem sempre eu sou ele, as vezes, eu sou só o Luciano, um cara quieto e pensativo, preguiçoso e sonolento, chorão e carinhoso. Não são muitas pessoas que já me viram assim, todos me veem como o Brasil, então, não há como eu colocar na mente das pessoas que nem sempre eu sou o Brasil, e que nem sempre o Brasil é feliz e alegre. Apenas escondo meus problemas com um sorriso, que com o tempo, acaba saindo de modo natural. — Ele suspira, analisando o teto. A chuva noturna de uma quinta feira caia de modo lento e tranquilizante.

Ele desviou seu olhar para o teto, analisando. Ele sentia vontade de chorar, gritar no travesseiro, espernear por causa disso, mas se julgou por dentro, com uma pergunta como: "Por que chorar por isso? É tão bobo!"

Seu sono aumentou muito com todos os seus pensamentos e questionamentos do porquê. Então, enquanto se perdia nos momentos nostálgicos de sua infância, Luciano caiu no sono.







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