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POV Aemond Targaryen

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POV Aemond Targaryen

No dia seguinte ao funeral da lady Laena Velaryon, todos deixamos Derivamarca. Infelizmente minha mãe não me deixou voltar voando em Vhagar, mas ela seguia de longe nosso navio.

A grande tortura era ter de passar um dia inteiro preso em um navio com meus sobrinhos, era impressionante como todos conseguiam ser detestáveis. Mas nem de longe algum era pior do que Aelora. A maldita Velaryon que tinha me feito perder o olho.

Ela estava sentada na proa, apesar de Rhaenyra ter alertado para que ela saisse dezenas de vezes. Nos últimos cinco anos ela tinha morado com os avós, mas agora estava se mudando para o Red Keep, infelizmente.

- Devia ir até lá, e empurrá-la - Aegon, meu irmão mais velho, cochichou em meu ouvido - Assim ela pagaria pelo que fez.

- É o que eu queria fazer - respondi - Mas a mamãe iria me matar.

Aelora percebeu que estavamos a olhando, mas daquela distância não tinha ideia do que estavamos falando. Ela continuou nos observando, até o seu pai se aproximar dela, e eles começarem a conversar.

Ela de fato não era uma bastarda, Aelora e o lorde Laenor eram bem parecidos, principalmente os olhos e o sorriso.

- Você poderia fazer parecer um acidente, ninguém iria desconfiar - a voz de Aegon me tirou de meus pensamentos.

Ele estava certo, era o que eu deveria fazer. Era melhor buscar justiça com minhas mãos, se o rei não ia fazer nenhuma.

- Os três - minha mãe chamou nossa atenção - Vamos jantar, já está entardecendo.

Helaena largou um besouro com o qual brincava no outro lado do cais, e seguiu nossa mãe. Aegon e eu fomos em seguida, mas antes olhei Aelora mais uma vez, com uma ideia em mente.

Durante a madrugada eu não consegui dormir, estava dividindo uma cabine com Aegon, ele ao contrário de mim dormia muito bem depois de todo o vinho que bebeu escondido

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Durante a madrugada eu não consegui dormir, estava dividindo uma cabine com Aegon, ele ao contrário de mim dormia muito bem depois de todo o vinho que bebeu escondido.

Escutei passos do outro lado da porta, e me levantei silenciosamente. Caminhei pelo corredor, tentando não chamar atenção de nenhum guarda que pudesse estar rondando.

Vi o vulto de Aelora subindo para o convés, e com cuidado eu fui atrás dela.
As memórias da mesma com a adaga, me atingindo, me deixou determinado a continuar.

Ela foi em direção ao final do navio, pois os guardas e o capitão estavam juntos na parte da frente. Aelora se sentou na proa como fez o dia inteiro, a vista era bonita, mas era para ter se cansado após admirar a mesma coisa por tanto tempo.

A garota sorriu de olhos fechados, com o vento e a brisa fazendo seus cachos volumosos e pratas esvoaçar. Ela parecia tão pacífica, tão diferente da criatura ardilosa que eu conhecia. Mas eu sabia que era só uma fachada.

Me aproximei mais, me escondendo atrás de alguns barris ora ou outra para que não fosse visto. Parei quando estava a quase um metro dela. Olhei seu rosto sereno. Não senti compaixão ou remorso, apenas determinação.

Contei até três mentalmente, e então corri para empurrá-la com toda minha força. Ela não conseguiu dizer nada antes de despencar no mar, com um estrondo.

- O que você fez ? - Victarion gritou, me jogando no chão.

Não tinha o visto chegar, nem sabia que esse garoto estava no navio, pois seu pai e as suas irmãs tinham ficado em Derivamarca. Agora não havia a menor chance de que a morte dela fosse dada como acidente.

- Saí de cima de mim - me debati, mas não consigui me soltar.

- Guardas - ele começou a gritar sem parar.

Quando os homens começaram a chegar, Victarion me soltou, e correu até a proa, tentando ver a garota. Não havia nem sinal dela, e as ondas estavam calmas. Provavelmente agora ela afundava para o fundo do mar, uma morte digna como a sua casa tanto se gaba.

- Aelora - ele parecia prestes a entrar em colapso.

- Príncipe Aemond, e príncipe Victarion, o que está acontecendo aqui ? - Criston foi o primeiro guarda a chegar.

Victarion pulou na água de repente, e todos os soldados colaram na borda para ver o príncipe. Eles começaram a se dispersar, chamando mais pessoas, porém ninguém teve coragem de ir salvá-los. O menino começou a se afogar, agitando os braços, pelo visto ele não sabia nadar também.

O que me restava era torcer para que os dois morressem, então a verdade seria a minha versão dos fatos.

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Sea, Fire and Blood - Aemond Targaryen Onde histórias criam vida. Descubra agora