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POV Aelora Velaryon

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POV Aelora Velaryon

Entrar em uma guerra tendo seres como os dragões ao seu lado, lhe torna um adversário temível. E eu não tinha o menor receio em contar com a ajuda de Vermithor. As Cidades Livres haviam se unido para vingar a morte de Craghas, o Engorda Caranguejo, e declararam sua inimizade a minha casa.

Eles tinham atacado e saqueado dois de nossos navios. Por mim, eu subiria em meu dragão e transformaria em cinzas todos eles de uma única vez.

- Eu quero ajudar - eu disse ao lorde Vaemond.

Vaemond me olhou de cima a baixo, e torceu o nariz. Minha vontade era de amarrá-lo junto à âncora e jogá-lo ao mar.

- Eu não sei o que o Corlys estava pensando quando trouxe uma criança para batalha - ele murmurou, me ignorando.

- Eu não sou uma criança - retruquei - E não vejo você dizer o mesmo sobre Victarion, nós dois temos a mesma idade.

- Talvez seja porque ele é um homem - ele respondeu como se fosse óbvio.

O capitão Ben deu uma risadinha, e me olhou por cima do ombro.

- Por que o fato de eu ser uma mulher o incomoda tanto ? - indaguei, cruzando os braços sobre o peito.

Vaemond suspirou, claramente, sem paciência para a discussão.

- O desafio é descobrir o que não incomoda o lorde Vaemond - disse Ben, zombando.

Eu ri com ele, enquanto Vaemond bufava indignado. Ben era velho, tinha um bigode e uma barba ruiva cheia, barriga imensa e um ótimo humor.

- E você ? - eu fui até a cabine do capitão, e lhe dei um leve soquinho no braço - Me prometeu que ensinaria a navegar, Bigodudo.

- Bigodudo ? - Ben gargalhou - Por enquanto o máximo que pode fazer e segurar o leme por alguns segundos.

Meus olhos se arregalaram de empolgação, e eu fui saltitando para mais perto do leme.

- Claro, e com muita sorte não vamos naufragar - Vaemond abriu um sorriso falso.

- A Serpente do Mar nunca irá naufragar, irmão - meu avô apareceu, e colocou a mão sobre o ombro de Vaemond - E eu confiaria a minha vida à essa jovem marinheira.

Vaemond revirou os olhos, e foi embora. Eu sabia bem de onde vinha sua implicância comigo, Vaemond parecia odiar minha mãe, e por extensão eu recebia seu desprezo também.

- Obrigada pela confiança - respondi ao meu avô, com uma piscadela.

Ele sempre foi o único que realmente acreditou em mim. Enquanto observava Vaemond se afastar, meu avô se aproximou do leme e segurou minha mão.

- Aelora - ele começou - Não se deixe abalar pelos comentários mesquinhos dos outros.

- Ah, pode ter certeza que nada abala essa daí - Ben cutucou meu braço.

Eu passei o dia ao lado de meu avô e do capitão Ben, aprendendo a navegar com destreza

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Eu passei o dia ao lado de meu avô e do capitão Ben, aprendendo a navegar com destreza. Aprendi desde os conceitos básicos da navegação. Da leitura das estrelas até a interpretação das correntes marítimas.

Quando a noite chegava, eu fazia o mesmo de sempre até o sono vir. Ficava na proa, sentindo o vento e a brisa do mar soprar em meu rosto.

- Cuidado - Victarion surgiu atrás de mim, sussurrando - Nunca se sabe quando tem um Aemond Targaryen, se esgueirando entre as sombras para lhe jogar ao mar.

- Nem me lembre daquele imbecil - eu cuspi as palavras com rispidez.

Se havia um assunto que conseguia me tirar do sério facilmente, era Aemond, mesmo à milhas de distância e anos sem se ver. Apenas pensar nele era o suficiente para tirar minha paz.

- Está bem - ele deu de ombros - Que tal falarmos sobre o porque você está se esquivando de mim desde que embarcamos.

Eu saltei da proa, aterrizando em frente ao Vic. Não estava me esquivando dele, mas mantendo distância, depois do "quase pedido" de casamento desastroso.

- A última pessoa de quem eu fugiria, é de você - o encarei - É o único amigo que tenho, e... um bom amante.

Victarion arqueou uma sobrancelha, surpreso com minha resposta franca. Sempre fomos abertos um com o outro, sem tabus ou constrangimentos.

- Bom amante é ? - ele repetiu, com um tom divertido - Não sabia que tinha a capacidade de fazer elogios, Aelora.

- Não é um elogio, apenas um fato - eu me aproximei, e passei minha mão por seu cabelo raspado - Não vai ficar se achando.

- Vai ser difícil - Victarion soltou uma risada baixa, balançando a cabeça.

Ele me encarou por um momento, seus olhos violeta penetrando os meus. Então, ele deu um passo à frente e me envolveu em um abraço apertado.

- Você é minha irmã de coração - ele sussurrou no meu ouvido - E sempre estarei aqui por você, como amigo, amante ou o que você quiser.

Segurei seu rosto em minhas mãos, meus lábios estavam a centímetros dos dele, quando eu vi uma luz ao longe. No horizonte escuro, onde mal dava para enxergar a divisão do céu noturno e o mar.

Vermithor passou ao lado nosso navio, sua cauda se arrastou no mar, esguichando água em nós. Eu confiava na conexão que tínhamos, e a presença de meu dragão me confirmou o perigo iminente.

- Tem algo errado - me afastei de Victarion, e me esforcei para enxergar a luz novamente.

Eram lamparinas, que iluminavam uma embarcação. Conforme se aproximavam, as luzes se apagavam, obviamente para não serem vistos.

- Vou chamar nosso avô - disse Victarion, saindo em disparada logo em seguida.

- Vou chamar nosso avô - disse Victarion, saindo em disparada logo em seguida

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Sea, Fire and Blood - Aemond Targaryen Onde histórias criam vida. Descubra agora