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POV Aemond Targaryen

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POV Aemond Targaryen

A Baixada das Pulgas era um labirinto de vilas retorcidas com um odor azedo de estábulos e podridão. As paredes mal cheirosas e sujas, cobertas por musgo e mofo, eram um reflexo da vida precária que levavam.

- Temos poucas horas para encontrar ele, é melhor fazermos isso separados - disse Criston.

Eu apenas ajeitei meu capuz, e segui na direção oposta. Ter que procurar meu irmão no meio dessa pocilga não contribuía muito para o meu humor, ainda mais ao se tornar cada vez mais frequente.

Caminhando pelas vielas estreitas, meu olfato é bombardeado por um miasma nauseante. Quase posso sentir os ratos correndo à minha volta. As pessoas que passam por mim parecem ter uma aura de desespero ao redor delas, com suas roupas sujas e rostos angustiados.

Depois de horas andando, caminho em direção uma viela menos movimentada. Ainda assim, uma pessoa encapuzada como eu, passou ao meu lado e esbarrou em mim.

- Está cego ? - eu gritei, apesar de ter que manter minha discrição.

Ao me escutar, a pessoa apressou o passo. Não consegui ver seu rosto, mas algo em mim despertou, uma sensação que eu não tinha a tempos. E que me motivou a ir a seguir seus passos.

- Volte aqui - ergui minha voz novamente.

Quando percebi, aquilo havia virado uma perseguição. Eu estava correndo, quase o alcançando. Antes que pudesse escapar, e ele virasse para uma área mais agitada, onde poderia se misturar na multidão, saltei sobre ele, derrubando nós dois no chão.

O gemido de dor, revelou que era uma garota antes mesmo que eu a visse. E em seguida o capuz se abaixou revelando uma cabeleira de cachos prateados, e um rosto bem familiar, apesar de ter mudado muito desde a última vez que o vi.

Eu me levantei e ela também, mas nenhum de nós dois pronunciamos uma só palavra. Ficamos parados ali, nos encarando por um momento.

Porém não demorou muito para que a personalidade irritante dela, a qual eu me lembrava muito bem, se mostrasse presente como antes.

- Quanto tempo tio... - ela abriu um sorriso irônico.

- Aelora... - murmurei seu nome, olhando ela de cima a baixo - Pensei que a Triarquia tivesse feito um favor para mundo e dado um fim na sua existência miserável.

Aelora havia crescido, não era mais aquela garotinha de olhos grandes demais, e pernas magricelas. Ela riu com desdém.

- Talvez se eu fosse fraca como você, eles tivessem conseguido - Aelora respondeu, seu tom carregado de desprezo.

- Continua tão insolente como antes, quem sabe ao invés do olho, eu não arranco a sua língua ? - eu mordi o lábio, lutando para manter minha raiva sob controle.

Parte de mim queria atacá-la, esmurrá-la, dar uma lição nela. Meu ódio por Aelora permanecia vivo. O sorriso dela se alargou e havia uma chama de desafio em seu olhar.

- Você pode ter ficado maior do que eu, mas ainda não é o suficiente para me pôr medo - ela sorriu de forma sarcástica.

Aelora deu um passo em minha direção, confrontando-me. Rapidamente eu a empurrei contra o muro, com minhas mãos segurando seu pescoço.

- E agora sua vadia? - minha voz saiu num rosnado baixo - Você é apenas uma criança mimada e petulante brincando de rebeldia. Não pense que pode enfrentar.

Ela estava perdendo todo o fôlego, e não conseguia respirar, ela tentou pegar a própria espada, mas eu fui mais rápido e a tomei dela, jogando no chão. Seus olhos se arregalaram de desespero, enquanto ela se debatia para se soltar.

- Eu poderia acabar com você aqui mesmo, e jogar seu cadáver como alimento para os ratos - falei em seu ouvido.

Antes que eu me divertisse mais com aquela situação, sons vindo do fim daquele beco sujo fez eu me calar. Aelora aproveitou minha distração, e acertou seu joelho entre minhas pernas.

- Filha da puta - eu urrei de dor.

Ela não conseguiu ir longe, e eu a segurei em meus braços e tapei sua boca. Meu foco agora estava no fim do beco. Arrastei a garota comigo, mas quando nos deparamos com a cena horrenda acontecendo alí, eu a soltei e ela permaneceu ao meu lado.

Aegon estava nu, bêbado e tão imundo quanto a mendiga de joelhos chupando seu pau. Era nojento e deplorável. Assim que ele nos viu, saiu correndo.

- Qual é o problema de vocês ? - Aelora desviou o olhar enojada.

Eu a deixei para trás, e segui Aegon. Não havia como não sentir vergonha por ele. Minha mãe não reagiria nada bem ao saber disso.

 Minha mãe não reagiria nada bem ao saber disso

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Sea, Fire and Blood - Aemond Targaryen Onde histórias criam vida. Descubra agora