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POV Aemond Targaryen

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POV Aemond Targaryen

alguns meses depois...

Eu gosto de treinar, era um dos poucos lugares onde eu me sinto minimamente em paz.

Mas hoje?

Hoje eu não estou conseguindo me concentrar em merda nenhuma. Minha concentração estava na conversa de dois homens da guarda real.

- Estão chamando ela de Princesa do Mar de Sangue - disse um deles.

Em meio aos golpes da espada de Sor Criston, eu quase me deixei ser atingido.

- Devia ser do Mar de Fogo, a garota transformou três embarcações em cinzas, eliminou cerca de trezentos soldados - o outro respondeu.

Avancei em Criston, com uma fúria inexplicável, mas logo tornei a escutar os cochichos dos guardas sobressaindo sobre o som agudo do aço se chocando.

- Eu cruzei com os Velaryon na minha ida a Pentos - um terceiro chegou - A filhinha da princesa Rhaenyra está cada vez mais bela e atraente. Aqueles seios...

Minha espada voou para longe, e Sor Criston sorriu vitorioso.

- Está desatento hoje - Criston comentou.

Me virei para o grupinho de guardas, e caminhei até eles. Um bando de idiotas, claramente, por darem importância para uma fedelha como Aelora.

- Eu mataria para receber a donzelice da princesa - um deles gargalhou.

- Se é que ela já não deu para o primeiro que apareceu - eu me exaltei, e eles me olharam com o rosto impassível - Deve ser uma puta como a mãe.

- Príncipe Aemond - Criston me chamou com um tom de repreensão.

Eu respirei fundo, tentando controlar minha raiva.

- Vão fofocar em outro lugar, talvez com as outras ladies - disse por fim.

Peguei minha espada, e voltei a treinar, dessa vez sozinho. Aelora sendo considerada uma guerreira destemida, era uma piada. Para mim ela sempre será a maldita que me tirou um olho.

Os aposentos do rei cheiravam a doença, ver meu pai naquele estado me deixava incomodado, não que eu tivesse grande apreço por ele, nunca fomos próximos, mas porque eu me sentia envergonhado de ter um pai tão fraco

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Os aposentos do rei cheiravam a doença, ver meu pai naquele estado me deixava incomodado, não que eu tivesse grande apreço por ele, nunca fomos próximos, mas porque eu me sentia envergonhado de ter um pai tão fraco.

O velho mal conseguia falar, tão dopado com o leite de papoula para aliviar sua dor. Minha mãe estava conversando com o meistre, enquanto eu observava Viserys respirar com dificuldade em seu leito.

- Aemond - ele disse em um murmúrio, me olhando, se esforçando para me enxergar.

Minha mãe e o meistre olharam para ele, e depois para mim. Alicent se aproximou da cama, pegando a mão magra e ossuda de Viserys.

- Não se esforce, marido - ela disse suavemente.

Viserys soltou um suspiro cansado e tentou abrir a boca para falar, mas as palavras não saíam. Alicent olhou para mim, pedindo silenciosamente para que eu me aproximasse.

- Eu apenas quero ver meu filho - o rei silabou com dificuldade - Como está grande Aegon...

- Aemond - corrigi, sem paciência - Eu sou o Aemond.

Queria sair daquele quarto o mais rápido possível, mas minha mãe deu a volta para ficar ao meu lado.

- Ele está crescendo rápido, nosso filho é um garoto maravilhoso - minha mãe deu tapinhas em meu ombro, orgulhosa - E está se tornando um espadachim habilidoso.

- Meu pequeno guerreiro - ela deu um beijo em minha bochecha.

Viserys fez uma careta de dor e minha mãe voltou sua atenção para ele, preocupada.

- Você está tão quieto - ele se dirigiu a mim - E então, anda voando muito com Vhagar?

- Quase todos os dias - respondi, tentando ser brusco para dissipar a conversa.

Um silêncio caiu sobre o quarto, acho que esperavam uma resposta mais elaborada de minha parte.

- É nítido que meu tempo nesta terra está acabando - Viserys exclamou - Talvez eu viva por mais um ou dois anos...

- Eu não apostaria tão alto - cochichei, mas dessa vez a audição dele milagrosamente não falhou.

- Quero fazer uma turnê real, antes de morrer - ele concluiu - Com toda a minha família.

- Marido, você não pode sair em viagem, muito menos percorrer toda Westeros, a sua saúde poderia piorar - debateu Alicent.

Eu aproveitei a oportunidade para sair do quarto, respirando aliviado assim que me vi fora daquele lugar. Eu precisava de ar fresco.

O velho estava caindo aos pedaços, era capaz de não aguentar uma viagem de seus aposentos até o pátio do castelo.

E não era necessário um estudo aprofundado em questões políticas para saber que a última coisa que um rei doente deveria fazer é sair pelo seu reino mostrando o quão vulnerável está.

E não era necessário um estudo aprofundado em questões políticas para saber que a última coisa que um rei doente deveria fazer é sair pelo seu reino mostrando o quão vulnerável está

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Sea, Fire and Blood - Aemond Targaryen Onde histórias criam vida. Descubra agora