Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
POV Aelora Velaryon
Quando o confronto entre a Triarquia e a casa Velaryon estava quase se dando por encerrada, eu já estava completamente apaixonada pela vida em alto mar. Era como se eu tivesse encontrado o que dava sentido à minha existência. Eu queria conhecer todos os mares e lugares que sempre sonhei.
- Posso ver agora ? - eu tentei bisbilhotar o desenho, engatinhando na cama até ela, mas Gianna o tampou.
- Deixe de ser tão curiosa - disse ela, me empurrando com seu pé.
Me sentei novamente na posição em que eu estava, com o lençol enrolado ao meu corpo e meus cabelos soltos quase cobrindo todo meu rosto. Gianna era a minha melhor amiga, e o que acontecia entre nós não tornava nada estranho. Era bom ter alguém por perto que compartilhava dos mesmos desejos que todos os outros consideravam profano.
Eu não via o sexo como algo que precisava ter um grande significado, eu queria sentir prazer, e isso se limitava ao meu corpo, e nunca ao meu coração.
Porém eu tinha receio do que o lorde Vaemond faria se soubesse o que fazemos durante a noite dormindo juntas na mesma cabine.
- Você tem a beleza de uma deusa - ela murmurou, e virou a folha para que eu pudesse ver.
Gianna tinha um grande talento, e eu amava seus desenhos. Ela já havia feito dezenas para mim, e os guardava com ela a sete chaves. Em alguns deles eu estava nua como no dia de meu nome.
- Temos que subir agora - eu soltei o lençol e fui a procura das minhas roupas.
Me inclinei para pegar meu vestido, porém caí no chão com um impacto repentino do barco se balançando. Antes que eu pudesse me recompor, uma gritaria começou.
- O que pelos sete infernos está acontecendo - Gianna saltou da cama, e me ajudou a levantar.
Nós duas vestimos nossas roupas em poucos segundos. Os sons de brigas, gritos, espadas se chocando... era bem óbvio que o Serpente Marinha estava sendo atacado.
- Voltem para a cabine onde estavam - o Lorde Vaemond, surgiu de repente ao saltar do convés superior - Caímos em uma emboscada, e há muitos deles.
Ele tinha o rosto com respingos de sangue, e empunhava sua espada. Ele se manteve na frente da saída, impedindo nossa passagem.
- Eu não vou me esconder de nada e nem ninguém, vou lutar ao lado dos meus como deve ser feito - eu o confrontei, deixando claro que meu posicionamento não mudaria.
- Seu avô mandou que eu não deixasse você fazer nada estúpido... Quanto a você Gianna, eu não devia ter deixado que continuasse a nos acompanhar...
- Você não vai nos impedir, pai - Gianna respondeu duramente, em seguida deu uma rasteira em Lorde Vaemond, fazendo o homem cair.
Aproveitei a deixa e subi as escadas para o convés. A primeira cena que vi foi um dos inimigos, transpassando sua espada no pescoço do Capitão Ben, a cabeça decepada rolou até mim. Meu estômago revirou, e eu não tive tempo para sentir aquela perda, me debulhar em lágrimas ou algo do tipo. O homem veio em minha direção, e me arrastou pelos cabelos.
Gianna que vinha logo em seguida, desarmou ele antes que eu sofresse o mesmo destino de Benjamin. Ela não tinha uma espada, apenas uma adaga um pouco mais longa que as demais, porém foi o suficiente para ser cravada no crânio do homem.
- Gianna - a voz de lorde Vaemond trovejou sobre todos os gritos.
Um inimigo quase duas vezes maior que o outro estava indo na direção dela. Essa foi a minha vez de protegê-la. Eu desembainhei minha espada, e entrei na frente dele. Eu não era uma espadachim tão boa quanto Gianna, mas sabia me defender. Apesar de forte, meu oponente era lento. Eu me esquivei de seus golpes, e então o ataquei pelas costas, perfurando sua coluna.
Meus olhos varreram o lugar, nossa tripulação estava ganhando, mas muitos haviam perdido a vida. Eu avistei Victarion lutando ao lado de nosso avô contra quatro homens.
Eu corri para ajudá-los, mas um dos soldados se voltou para mim. A partir daquele momento foi como se o mundo inteiro se cale-se. A lâmina dele cravou em minha barriga. Os olhos do meu avô encontraram o meu, e ele parou de lutar, ficando imóvel. Seu adversário aproveitou para deferir um corte em sua garganta. Assisti lorde Corlys ser empurrado para o mar enquanto eu caía ao chão, em meio aos outros corpos.
Pensei que minha vista estava escurecendo, mas pude ver a sombra de Vermithor cobrir o céu. Então escutei seu rugido sincronizado com o meu grito agonizante.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
