A vida é um sorvete de casquinha. É doce. Requer equilíbrio. Não dura pra sempre
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Eu estava mais animado do que o normal, eu admitia isso. Eu adorava a sorveteria barra restaurante que íamos, ficava de frente ao lugar em que eu trabalhava. Lá era o meu cantinho, o cantinho que eu costumava me esconder nos meus horários livres pra almoçar, eu sempre fugia pra lá quando não quero ser encontrado.
Oliveira's ficava próximo da minha casa, alguns minutos de caminhada estávamos lá. Eu não conseguia me segurar, falava sem parar sobre como gostava daquele lugar. Louis parecia interessado, até mesmo sorria e comentava uma coisa ou outra.
— Mas enfim, eu sempre que posso vou pra lá. Eu vinha direto quando trabalhava na padaria que fica na frente. — sorrio, percebo que Louis já sorria enquanto me ouvia falar. Seus olhos sempre desviavam para as marquinhas que apareciam nas minhas bochechas sempre que eu sorria.
Eu não pude deixar de ficar paranóico com isso, ele tinha achado elas feias? De qualquer forma, eu não tinha pedido pra nascer com covinhas. Não foi uma escolha minha.
— Então quer dizer que você se afogava no sorvete todos os dias? — ele levantou as sobrancelhas, me olhando risonho
— Sorvete não, me afogava em açaí. — suspiro, me lembrando — porra, Louis. Isso é a melhor coisa do mundo. Com cupuaçu então? Meu Deus, é como estar nas nuvens.
Ele deu risada, enfiando as mãos nos bolsos
— eu já ouvi falar, mas nunca provei. Um amigo disse que tem gosto de terra. — ele parecia me provocar, seu sorriso provocativo estava em seus lábios novamente
— Porra nenhuma! — Franzo o cenho indignado — Você devia ter uma conversa séria com esse amigo, açaí deixa todos esses sorvetes no chinelo!
Pelo açaí eu dou minha vida!
— Será? Ainda acho que deve ter gosto de terra. — ele só pode estar de brincadeira com a minha cara, só pode
Mostro o dedo do meio pra Louis já avistando o Oliveira's e ando em passos mais rápidos pra ultrapassá-lo. Escuto sua gargalhada atrás de mim me fazendo revirar os olhos
— Tô brincando, covinhas. — me alcança, passando um dos braços pelos meus ombros, me abraçando de lado enquanto fixava o olhar na estrutura em nossa frente — chegamos?
Afirmo com a cabeça. O lugar era grande e espaçoso, as paredes pintadas num tom de amarelo claro e tinha uma cobertura pro lado de fora onde ficavam várias mesas azuis com cadeiras da mesma cor. Tinha algumas mesas dentro também. Quando entramos, a primeira coisa que vimos foi a bandeira do Brasil perto do caixa e mais algumas decorações típicas do país. Uma música tocava baixinho e eu reconheci a voz dos cantores, por mais que eu não entendesse absolutamente nada do que estavam cantando. Dona Cláudia amava mamonas assassinas, sempre fazia questão de me pôr pra ouvi-los.
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Apricity [Larry stylinson]
Fanfic**NÃO É DEATH FIC** APRICITY: do latim "apricita", é a sensação do calor do sol no inverno. Harry sempre amou a música e qualquer coisa que a envolvesse, quando ele aceitou fazer o teste pra uma banda famosa não imaginava que voltaria sentir o calor...