Crescer dói. E dá medo, insegurança. Mas é bom, bem bom.
– Thalita Rebouças
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Meus ouvidos ainda doíam assim como minha garganta, eu mal conseguia sentir minhas cordas vocais e era como se um trator tivesse passado por cima do meu corpo e me esmagado em milhões de pedacinhos.
A conversa que tive com Louis – um pouco antes dos meninos chegarem – ainda ficava passando em looping na minha cabeça. Processar Simon e a gestão? Isso parecia ser uma ideia tão idiota e era quase uma certeza que não daria nada certo. Mas Louis e os outros estavam confiantes, talvez eles realmente acreditassem que vamos ganhar. E eu esperava que sim.
Estávamos todos exaustos, sem vontade pra conversar ou coisas do tipo. Depois do show, fomos para o camarim tirar a maquiagem e aquelas roupas que apertavam meu corpo todo e finalmente pudemos ir para o ônibus da turnê pra ir pra alguma outra cidade americana. Louis sobe no ônibus primeiro e entrelaça sua mão na minha, me puxando junto pro fim do ônibus.
Estávamos exaustos, ultimamente os vários shows seguidos puxavam mais nossa energia do que o normal. Pelo menos eu achava isso, já que não estava acostumado com essa rotina de show intensiva.
Nós sentamos nos últimos bancos do ônibus, Louis pegou algumas coisas em sua bolsa antes de jogar ela pra algum banco qualquer que ficaria vazio e se sentou ao meu lado. Como sempre, fiquei na janela com um pedacinho da cortina aberta para que pudesse enxergar a rua lá fora.
Sinto os olhos azuis de Louis em mim e olho pra ele com um sorriso contido, ele sorriu e deixou um selinho demorado nos meus lábios, usando o indicador pra cutucar minha covinha depois.
— Eu amo você. — ele sussurrou como se fosse uma promessa, ficando sério de repente
— E eu amo você.
Os meninos vão entrando no ônibus e cada um indo pro seu canto, assim como Johnny e algumas outras pessoas da gestão que estavam nos acompanhando. Eles nos parabenizam pelo show e eu nem presto atenção, estava mais concentrado e achar algum filme no celular pra mim assistir até chegar no hotel.
Louis se ajeita no banco ao meu lado e se embrulha com uma manta fininha, colando boa parte dela em mim também antes de deitar a cabeça no meu ombro, respirando fundo.
Dou um dos fones pro meu namorado e coloco o outro no meu ouvido dando play no filme em seguida, enrolados começa a passar e eles apagam as luzes do ônibus e eu já consigo escutar algum ronco daqui. Por alguns segundos, penso que Louis ia fazer alguma piada sobre o filme ou simplesmente demonstrar alguma reação pelo filme. Mas nada disso acontece.
Seus olhos azuis só se mantêm presos na tela com um semblante neutro. Eu não saberia dizer se isso é ruim ou bom, principalmente vindo de Louis.
E se ele estivesse estranho só comigo? E se ele estivesse achando que eu dei liberdade pro médico me tocar? E se...suspiro, mordendo o lábio inferior ao sentir a cabeça de Louis pesar no meu ombro. Ele provavelmente estava dormindo e Louis nunca dormia no meio de enrolados.
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Apricity [Larry stylinson]
Fanfic**NÃO É DEATH FIC** APRICITY: do latim "apricita", é a sensação do calor do sol no inverno. Harry sempre amou a música e qualquer coisa que a envolvesse, quando ele aceitou fazer o teste pra uma banda famosa não imaginava que voltaria sentir o calor...