Alguma coisa te trouxe até aqui. Chame do que quiser: acaso, destino.
– Enrolados
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Desligo o celular e me levanto do puff, ainda com a coberta me enrolando. Era uma madrugada fria e eu não estava com nenhum dos meus moletons grossos pra me esquentar, somente com a blusa que sai de casa mais cedo, mas ela estava fedendo a álcool barato e a aquela festa que me arrependi de ir. Eu poderia ter ido pra alguma festa ou balada mais vazia, ou algo do tipo. Mas não, escolhi logo a mais lotada de todas.
E eu não ia usar uma blusa daquela para dormir, então só estava com um dos cardigãs do Niall, que sinceramente? Não esquentavam nada.
Verifico se Niall ainda dormia, aquele ali provavelmente só acordaria às 14:00 da tarde, se dependesse dele. Pascal também estava dormindo no amontoado de coberta que obriguei Niall a colocar no chão pra ele dormir. Meu filho dormia feito anjo.
Passo pelo enorme corredor e me aproximo da porta, pegando as chaves no chaveiro antes de destrancar. Respiro fundo e conto até dez mentalmente, era só uma conversa, só isso.
Abro a porta e saio para o corredor, mas Louis não estava lá. Ele não me respondeu se viria ou não, já que eu – idiota como sempre – desliguei antes de ouvir sua resposta. O corredor escuro estava me dando calafrios, a única iluminação que tinha ali era da enorme janela de vidro que refletia a luz da lua, bem lá no final do corredor. Mas de resto, estava escuro.
Me sento no chão, nervoso demais para me manter de pé enquanto esperava Louis vir e levar a dor embora. Respiro fundo novamente, era só respirar e ouvir o que Louis tem a dizer. Era só isso. Respirar, ouvir e compreender.
Ouço uma porta abrir e logo em seguida fechar, passos calmos se aproximam
Respirar, ouvir e compreender.
— Harry — Louis chamou baixinho, me levanto e o olho. Sempre que eu olhava para Louis, era como se tudo começasse a passar de câmera lenta pra mim.
Desde as ruguinhas ao redor dos olhos quanto o sorriso que ele me dava sempre que me pegava o olhando por tempo demais. Louis era lindo e eu não estava sendo modesto, até mesmo agora com uma aparência pós-briga, ele estava incrédulamente bonito.
Consegui ver seus oceanos azuis um pouco avermelhados, eu só não tinha certeza se ele havia chorado ou só fumado maconha, estava escuro e eu não conseguia enxergar direito.
— Boo — não consigo segurar o sorriso, por mais que eu tentasse de todas as formas, por mais que eu tenha desviado o olhar, eu sabia que Louis conseguiu ver as duas marquinhas que nasceram nas minhas bochechas.
Eu sabia que ele tinha visto, pois ele fez questão de usar o indicador para cutucá-las de uma forma carinhosa. Suspiro e não resisto em me aproximar e passar os braços ao redor de sua cintura. Escondo o rosto na curva do seu pescoço enquanto o abraçava com força, sentindo seu cheiro suave.
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Apricity [Larry stylinson]
Fiksi Penggemar**NÃO É DEATH FIC** APRICITY: do latim "apricita", é a sensação do calor do sol no inverno. Harry sempre amou a música e qualquer coisa que a envolvesse, quando ele aceitou fazer o teste pra uma banda famosa não imaginava que voltaria sentir o calor...