Capítulo XIII: o neuro

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ਏϊਓ

×× Megan ××

Eu perco a noção de quanto tempo estou aqui.

Horas? Dias? Semanas?

Não há um indicativo para dia ou noite, Layla trás as refeições, mas nunca seguem um padrão, quando ela trouxe café, pensei que poderia ser manhã, então depois de uma sopa de legumes, ela trouxe café novamente.

Eu daria um rim por uma coca-cola.

A empregada robô de Nate trouxe algumas roupas, nada muito glamuroso, apenas moletom e camisetas, coisas que eu realmente gosto de usar. Acredito que eles não saibam disso, se não me trariam mais daqueles vestidos asquerosos.

Eu tive tempo para surtar, chorar, refletir, surtar novamente. Eu sai de uma prisão, para outra.

Passei tempo o suficiente tentando me confortar com memórias da minha família. Prometi que irei aceitar meu gosto duvidoso por Taylor Swift, quando sair daqui.

Fiquei cantarolando as músicas dela, enquanto olhava para as paredes desse lugar gelado... talvez eu tenha feito meu próprio show.

Devo estar ficando maluca.

É isso o que acontece quando prendem você, qualquer coisa serve para trabalhar a sua mente, para que você não se perca no caminho.

Já criei várias imagens de como seria quando abrissem a porta, em várias delas imaginei soltar os meus poderes em cima dos meus companheiros, mas meu vínculo já me revelou que não seria possível machuca-los, pois a morte deles me levaria a ruína.

As vezes me pergunto se essa não seria a saída, fazer uma cena dramática, algo bem Romeu e Julieta e tentar a morte com meus, não tão amados, companheiros.

Nate realmente me prendeu aqui feito um cachorro.

Eu fiquei tanto tempo aqui em baixo que até minhas dores passaram, não que eles tenham mandado algo para me ajudar, como curandeiros ou remédios, meu corpo já sabe como se curar sozinho. Deve ser por causa dos anos em cativeiro...

Não por esse caminho.

O som da porta sendo destrancada é como música para meus ouvidos. Meus batimentos cardíacos ficam acelerados em expectativa. Shade aparece na porta, ele ocupa todo o espaço com seu corpo musculoso.

" Você está uma merda, Red." É a primeira frase que ele diz depois de me manter aqui sabe-se lá quanto tempo.

" Ah, desculpe se minha aparência te desagrada, querido! Não é como se tivesse um SPA aqui em baixo, mas veja que decoração pitoresca. Algo como Alcatraz, com um toque de calabouço em ruínas. Devemos parabenizar o design de interiores, não acha?"

Shade revira os olhos e me puxa pelo braço, eu saio tropeçando enquanto tento acompanhar seus passos. Ele me carrega até o andar de cima em silêncio, parecendo muito com o dotado que adora me derrubar quando estou fugindo. Eu cantarola as músicas que estão em minha cabeça enquanto ele me guia, mais como empurra, para um lugar que nunca estive antes.

Há livros para todos os lados, como se todas as paredes fossem estantes, você nunca saberia se está em um escritório ou uma biblioteca, pois os dois se fundem aqui.

Nate está sentado atrás da mesa de mogno, vestindo seu terno escuro, parecendo um mafioso, enquanto digita rapidamente em seu celular.

No canto, sentado em um sofá de couro, Ace segura um livro. Em uma poltrona,O Tristan repousa de olhos fechados e Noah está sentado em uma cadeira, parecendo ansioso.

RED: uma história de harém reversoOnde histórias criam vida. Descubra agora