RED: uma história de harém reverso

Capítulo IX: memórias

×× Megan ××

A goteira ainda está caindo sobre minha testa.
O refletor de luz branca ainda queima meus olhos.
Eu perdi a noção de quanto tempo estou presa aqui, enquanto a água extremamente gelada cai sobre meu rosto.
Horas? Dias? Semanas?
De qualquer forma, essa tortura é menos invasiva, da última vez fiquei uma mistura de sangue para todo o lado, tiveram que me manter dias fora dos testes para minha recuperação funcionar, já que meu corpo se recusou a fazer isso sozinho.
Eles não me deixariam tanto tempo fora das suas torturas de novo, eu sou o brinquedo favorito deles.
Me recuso a gritar para que parem, eu não vou fazer o que eles querem de qualquer mesmo, e sei que apenas isso os fariam retroceder nas suas maldades.
O barulho das portas se abrindo me fazem fechar os olhos, melhor fingir estar desacordada, se não quiser toda aquela tortura psicológica idiota.
O barulho das botas naquele chão acimentato e frio me deixam enjoada.
Toda vez que ele entra é para ficar pior.

" Não adianta fingir, Megan. Eu sei que você está acordada." a voz dos meus piores pesadelos retumba naquela sala fria.

Eu não sei como ainda não morri de hipotermia.

" Você é mais forte do que pensa, uma criatura incrível. Pena que não valoriza o que estamos oferecendo a você..."

Ele passa as suas mãos nojentas pela minha bochecha, seguindo o caminho das gotas de água que ardem sobre a minha pele.

Seu toque é como ácido para mim, me corrói de uma forma dolorosa, mas eu não vou gritar, não mais. Eu vou me libertar...

" Não pense que eu não sei sobre os seus planos, querida." Seus lábios tocam a minha testa, bem onde está dolorido por conta do tempo em que estou sob tortura. " Você não pode me deixar. Você é minha!"

A possessividade em sua voz me faz vomitar. É impossível eu evitar o nojo que ele me causa. Ele é doente!

" Oh querida, um dia você vai me agradecer de joelhos pelo poder que eu dei a você..."

Eu encaro seus olhos mortos, os olhos do homem que acabou com a minha vida.

Com um aceno de cabeça ele manda seus guardas me desamarrar e eu caio de joelhos no chão totalmente sem forças.

" Está na hora do seu banho, minha preciosa."

Eu suspiro com a derrota. Ele nunca vai parar, esse ciclo vai continuar até que eu pare de resistir e participe das atrocidades que seu sadismo tem em mente.