Capítulo XXXI: a descoberta part.2

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Megan

Lealdade.

Há quem diga que lealdade é o contrário do individualismo. É quando você deixa de ter compromisso apenas consigo mesmo, e passa dedicar-se ao outro. Em seu significado real, lealdade nada mais é, que um valor humano. A capacidade de uma pessoa ser plenamente confiável.

A diferença entre fidelidade e lealdade, é que ser fiel é tido como uma obrigação social, já a lealdade é espontânea, sendo totalmente caracterizada por uma escolha pessoal.

Meus pais diziam que o pilar do vínculo deles era a lealdade, não o amor.

Sim, eles amavam a minha mãe, mas o amor nada mais é que afeição, um sentimento que não tem muito a ver com caráter.

Eu pensava que ver meus companheiros com outras mulheres doía, até saber a dor da verdadeira traição.

Tristan não me traiu fisicamente... ele me traiu moralmente.

Eu não esperava receber o seu amor, ou respeito, apenas queria que ele fosse leal a meu bem estar e dos meus outros companheiros, mas tudo o que vejo agora, são seus olhos cruéis e frios.

Sentir meu vínculo sendo usado contra mim está me destruindo, mas o pior de tudo é saber que deve doer nele, tanto quanto dói em mim, pois um vínculo é uma via de mão dupla. Assim como o amor e ódio.

Estou perdida nessa ambivalência emocional. Parte de mim quer Tristan, mas uma parte maior o odeia.

Eu odeio ele.

Odeio mais ainda a forma como meu corpo corresponde ao seu.

Desde que me vi presa nessa cela, estive pensando em maneiras de fugir. Senti a energia de Ace, seus ferimentos são reais, ele nada mais foi que uma isca para me atrair. O que está me mantendo firme é a esperança de encontrá-lo.

Senti um certo alívio quando o Conselheiro Davis, vulgo psicopata, me deixou aqui com seu herdeiro.

Basta Tristan piscar, e eu arrancarei a sua alma lentamente de seu corpo. Ele não merece uma morte rápida, seria muita bondade de minha parte, e não nasci para ser uma garota boa.

Está na hora de eu aceitar a minha essência, e parar de lutar contra o que eu nasci para ser.

Mesmo que uma parte de mim morra no caminho.

" Não me olhe assim, borboleta" eu odeio que a voz de Tristan me cause arrepios e não são de nojo " Eu sei que você me odeia, mas esse olhar assassino... confesso que me deixa excitado. Você já pensou em quantas formas de me matar?"

Eu forço meus poderes, tentando usar a raiva a meu favor, mas nada acontece.

" Não esqueça que você terá que descansar em algum momento" Eu murmuro o olhando com malícia " Sugiro que não pisque perto de mim"

Sua cabeça inclina para trás quando ele solta uma gargalhada. Ele não me leva a sério, isso torna as coisas mais divertidas, estou disposta a aguentar o que for, apenas para ver a vida deixando seus olhos.

RED: uma história de harém reversoOnde histórias criam vida. Descubra agora