Capítulo XXXII: o carrasco

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Ace

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Ace


"Mamãe, eu quero ir com você" eu imploro agarrando o vestido caro da pessoa que deveria cuidar de mim.

" Me solte garoto, você vai amassar todo meu vestido!" Mamãe me empurra para longe " Eu não posso levá-lo comigo, Ace. Pare de chorar como um maricas, isso é degradante..."

Eu tento enxugar minhas lágrimas, mas elas rolam pelo meu rosto cada vez mais.

" Eu ouvi o que você disse, Mamãe. Você brigou com papai e vai embora, me leve junto por favor! Eu não quero ficar com ele..."

Um carro escuro para em frente a mansão que mais parecia um museu, e mamãe abre a porta, mas para antes de entrar.

" Você é forte, Ace. Lembre-se disso!"

Essa foi a última vez que eu vi a mulher que me colocou no mundo. Lembro como se fosse hoje, quando entrei na casa do homem que tive que chamar de pai, e ele descontou toda sua raiva em mim.

Muitas vezes desejei que ele fizesse isso com suas próprias mãos, e não da forma como ele decidia suas punições.

" Homens Hill não choram."

Era o que ele dizia, antes de obrigar meu irmão Nate, a usar seus pesadelos em mim. Segundo ele, era para demonstrar o quanto eu era fraco, já que minhas próprias sombras não revidavam os ataques de Nate.

Apesar disso, nunca odiei Nate, pois eu sabia que ele não controlava completamente as suas sombras, e foi sendo atacado por elas que eu dominei as minhas.

O problema, é que eu sentia a mesma sede de sangue que os demônios que viviam dentro de mim.

Esses demônios sempre gritavam, não deixando minha cabeça livre das memórias cruéis, eu podia ouvi-las em todos os momentos, inclusive quando estava na cama com alguma mulher qualquer.

Então Meg apareceu.

Foi aí que descobri que Meg faz muito mais barulho que os demônios, por isso eles ficam calados quando ela está por perto.

A forma como minhas sombras são fascinadas pela pequena ruiva curvilínea, me incomodou assim como me pegou desprevenido. Eu entrei em negação comigo mesmo, tentei machucá-la, afastá-la, obter seu ódio era a melhor saída para que as vozes monstruosas voltassem e o sentimento adocicado saísse.

RED: uma história de harém reversoOnde histórias criam vida. Descubra agora