Capítulo 32

586 34 5
                                    

Alguns meses depois...


- Noá, tira as botas antes de entrar! - Alexandre gritou com o filho, mas o garoto já estava quase na porta com o cão nos calcanhares. Alexandre suspirou e trancou o carro depois de se certificar de que tudo estava pronto caso Giovanna entrasse em trabalho de parto durante a noite. A filha nasceria em dois dias e ele não queria correr nenhum risco.

Quando finalmente entrou em casa, Alexandre ficou surpreso com o aroma delicioso que enchia suas narinas. Aparentemente, Giovanna interpretou 'descanse um pouco' como 'faça sua comida deliciosa'. Ele entrou na cozinha e encontrou sua esposa já trabalhando arduamente no próximo prato: o bolo favorito de Noá. Ele encostou-se no batente da porta e observou sua esposa radiante.

- Não me olhe assim - Ela choramingou antes guardar a última louça

- Como o que? - Alexandre se afastou da porta e deu os poucos passos que o separavam de Giovanna. Ele deu um beijo em seus lábios antes de abraçá-la.

- Como se eu fosse linda

- Você é linda, maravilhosa, espetacular - Alexandre colocou a mão na barriga de Giovanna e recebeu um chute em resposta

- Eu estou parecendo a Peppa Pig! - Ela rosnou

Alexandre riu levemente. Para seu total desespero, Giovanna havia perdido suas últimas camisas pretas de maternidade e foi forçada a usar a única cor que restava. De jeito nenhum, ele não conseguia entender por que todas as roupas de maternidade tinham que ser rosa ou azul, mas ele gostava da cor em Giovanna. Não que ele fosse admitir isso em voz alta, mas isso a deixou mais suave, assim como as outras curvas adicionadas por cortesia de sua gravidez - Você está perfeita - Ele sussurrou para ela - E você fica linda de rosa

Giovanna olhou para ele - Eu não

Alexandre riu com vontade - Você subestima seu charme - Alexandre segurou sua bochecha - Você está brilhando, Giovanna. E você é absolutamente linda. Giovanna afundou nele e colocou a mão em cima da dele. Alexandre beijou-lhe a testa e a abraçou, sabendo que aqueles raros e pacíficos momentos logo terminariam

- MÃE! - Noá gritou do topo da escada - Onde está aquela blusa que o Nanã me deu?

Alexandre riu; aparentemente, os momentos já haviam acabado - Eu vou - Ele se virou para verificar o cronômetro do forno: vinte minutos - E você não vai tirar a lasanha do forno sozinha

- Eu não estou inválida - Giovanna respondeu

Alexandre revirou os olhos - Por favor? Você me deixaria ajudá-la?

Giovanna bicou seus lábios - Sim - Ela inalou profundamente seu perfume - Eu simplesmente não gosto de receber ordens

Alexandre a abraçou com mais força - Eu sei, amor, desculpa

- MÃE!

- Bem, talvez exceto por Noá... - Giovanna riu quando Alexandre a soltou

- Obrigado, mãe! - Noá levantou-se de um salto para abraçar a mãe.

Giovanna riu nos braços do filho - Talvez eu possa fazer uma exceção e possamos assistir a um filme enquanto comemos?

- Sério? - Noá perguntou, não acreditando no que estava ouvindo. Giovanna nunca permitia que ele comesse na frente da TV.

- De verdade - A morena confirmou, feliz em ver o filho tão animado.

- O que você quer assistir? - Noá olhou entre sua mãe e seu pai

- Que tal você escolher o filme enquanto seu pai e eu pegamos a lasanha? - Giovanna ofereceu

- Legal! - O garoto não precisou ouvir duas vezes. Ele correu para a sala, seguido de perto pelo cachorro fofo que ainda esperava por um pouco de lasanha. Giovanna riu do filho antes de se levantar lentamente.

Nosso Pequeno CasteloOnde histórias criam vida. Descubra agora