O estômago de Giovanna dá um nó enquanto ela se senta e espera em sua mesa habitual no restaurante mais privado da cidade. Ela teve o bom senso de chegar cedo, então ela tem o poder nessa conversa.
Ela não sabe ao certo por que decidiu ver Alexandre novamente. Algo lhe disse que ela precisava, que ela precisava do encerramento e ele também. Ela aprendeu a confiar em seu instinto ao longo dos anos. Todas as suas más decisões foram contra seus instintos.
Giovanna vê Alexandre pela janela enquanto ele caminha em direção à porta tentando desviar da fina chuva que caia. Ele parece tão nervoso quanto ela.
- Alexandre - Ela chama, acenando para ele.
O homem sorri e acena de volta enquanto caminha em sua direção. Seus sapatos molhados rangem no linóleo e ela percebe que o barulho o incomoda. Ele até murmura um pedido de desculpas enquanto se senta em frente a ela.
- Oi- Giovanna sorri, seu coração batendo forte.
Ela havia esquecido que ele é atraente (claro que o pai de seu bebê seria, seu Noá era um bebê lindo e uma criança adorável, Mariana era bonita e o pai é maravilhoso, faz sentido).
- Por favor, me chame de Ale ou Nero - Ele sorri, embora ela perceba que não corresponde aos olhos. Parece forçado.
- Você deve estar se perguntando por que eu quis te ver depois de te ameaçar e praticamente te expulsar da cidade - Giovanna começa francamente, e toma um gole de café enquanto o observa rir de nervoso e coçar a nuca.
- Sim. Fiquei surpreso ao receber seu telefonema, para dizer o mínimo
- Eu preciso que você saiba - Giovanna muda para seu tom mais autoritário, seus ombros quadrados, olhos estreitados nele. - Consultei um advogado sobre este assunto. E se você ousar registrar qualquer coisa para invalidar a adoção...
- Eu nunca faria isso! - Alexandre diz um pouco alto demais, então abaixa a voz e se inclina para frente. - Eu nunca faria isso. Minha ex-mulher, a mãe do meu filho, Karen. Ela foi adotada ainda jovem. Eu sei como ela se sente sobre o assunto. Eu nunca tiraria seu filho de casa, Giovanna. Não importa o quão horrível e injusto isso pareça para mim, eu só quero o que é melhor para ele. E eu sei que arrancá-lo de sua mãe não é do interesse dele.
- Certo - Giovanna hesita - Mas você precisa saber, tirar meu filho por um dia, por ano? Isso é tirá-lo de mim. Você não vai conseguir ficar com o meu filho por qualquer período de tempo.
Alexandre assente - Respeitarei tudo o que você disser. Você é a mãe dele. Eu sou... eu seria... - Ele suspira e joga a cabeça entre as mãos, rindo por um momento. Quando ele olha para cima, seus olhos parecem um pouco brilhantes. - Eu gostaria de ser um pai para ele. Se eu soubesse. Mas eu sei que não posso ser agora. Eu sei que. Eu só... queria conhecê-lo, talvez apenas para encerrar, talvez apenas para saber que ele estava em boas mãos. E parece que ele está, você, você é protetor com ele da maneira certa, e parece que o ama incondicionalmente
Isso arranca um sorriso dela que ela não consegue esconder. - Então... eu pensei sobre a sua situação, e contanto que fique claro que você não tem direito a ele e você não é o pai dele...
- Bem, vamos ser claros. Eu sou o pai biológico dele. Não sou pai, mas sou pai, no sentido da palavra
Ela revira os olhos. - Você só compartilha DNA. Você não tem direito a ele.
- Nisso, nós concordamos - Alexandre concorda tristemente
- Então, já que você sabe que não tem direitos sobre ele e não está tentando levá-lo, - Giovanna continua com um suspiro frustrado - Eu estava pensando sobre sua situação e como reagi a ela. Foi injusto da minha parte acusar você de ser... sexualmente irresponsável.
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Nosso Pequeno Castelo
RomansaAlexandre achou que depois de seu divórcio sua vida entraria em uma calmaria, mas depois de uma ligação seu mundo virou de ponta cabeça. Ele tinha um filho. Que mais surpresas essa nóticia traria para sua vida?