CAPÍTULO 4

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Hoje era o "GRANDE DIA".

Pelo menos é isso que venho escutando de Theodoro desde que nos encontramos. A verdade é que estou quase sufocando ele. Ser vivo insuportável esse viu. As vezes eu me pergunto o motivo de ter aceito sua ajuda.

Segundo o mesmo, seria muito melhor irmos em dois carros.
Estava sem paciência nenhuma para discutir, então apenas concordei.

Já fazia bons minutos que estávamos andando e nada. Quando ele disse que essa casa de campo era longe, não pensei que fosse tanto.

Já saímos da cidade e agora estamos em uma estrada de terra. A última casa que avistei foi a cerca de quinze minutos atrás.

- Seu pai agora é um ser antisocial? - perguntei já entediada dessa demora toda.

- Sim e Não! Essa casa de campo é de família e...

- Foi passada de gerações em gerações para manter um legado e blá blá blá- tratei logo de interromper a ladainha que viria. Não tenho paciência nenhuma com essas coisas de geração.

- Pode-se dizer que sim. - um longo silêncio se seguiu. Estava ficando estressada já. Minhas pernas doíam e eu sentia que minha bunda já estava quadrada após tantos séculos neste veículo. Veículo esse que parece mais um chiqueiro. Preferia ter vindo em meu carro.

Voltei meu olhar para a janela e finalmente avistei a casa.

De fato, não havia vizinhos e nem qualquer alma viva próxima ali. Nos livrarmos do corpo será realmente una tarefa fácil.

 Nos livrarmos do corpo será realmente una tarefa fácil

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- Que legal! Uma típica casa de terror. Sabe, aquelas casas dos filmes que a gente fala pra ninguém entrar mas eles sempre entram. - falei enquanto descíamos do veículo- E aí o que? O Gasparzinho vai aparecer aqui e dar um susto na gente?

- Você tem o que? Cinco anos? - ele perguntou enquanto andava na frente.

Nem sei se posso dizer que algum dia essa casa foi bonita. Misericórdia, lugar feio.

Subimos os degraus calmamente e esse animal simplesmente bateu na porta.
Demorou alguns segundos e aquela horrenda figura, vulgo seu pai, abriu a porta.

- Que surpresa você aqui filho, e trouxe nossa mais nova acionista. - cínico safado- Vamos, podem ficar a vontade.

Adentrando a casa pude perceber que realmente, não há nada ruim que não possa piorar.

A casa estava acabada tanto por fora quanto por dentro. As paredes com a tinta descascando. Havia alguns quadros espalhados.

Como eu disse, uma típica casa de terror.

- Então é aqui que você se esconde no tempo livre? - indaguei indiretamente enquanto girava nos próprios calcanhares observando a casa.

Parada no TempoOnde histórias criam vida. Descubra agora