Estes olhos;
Tornados, indiferentes.
Tóxicos, veneno doce, letal.
Uns olhos frios; Misteriosos.
Uns olhos que abraçam;
Acalentam.
Uns olhos diabólicos;
Que sugam alma.Uns olhos de Nix;
Desenhados por Vênus;
Que neles habita Hécate;
Que trazem miséria;
Que trazem brisa e vendaval.
Portas do céu
Que lêem pessoas;
Portas do inferno
Que queimam pessoas.Sois o sol que não queima;
O vento que esquenta;
A chuva que jamais molha;
Uns olhos. Que olhos.
Miúdos que transbordam;
Como seria eu capaz
De não te amar?Não lhe compreendo;
Temo compreender.
Mas tu me compreendes;
Mais que eu poderia.
Me assusta perceber
Que amo mais você
Do que deu.Que maldição guardam,
Que veneno inflingem,
Aqueles olhos?
Também cura trazem;
Aqueles olhos de Beladona.Para morrer
Basta estar vivo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Noites Sem Luar
PoetryPoemas escritos quase sempre em momentos de dor, tristeza e raiva. Espero tocar, nem que seja com as pontas dos dedos, seus sentimentos e emoções. Bem como espero trazer a leve brisa da inspiração. Em noites de insônia Quantos cigarros? Já perdi as...