Cotard

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Eu não me pertenço mais.
Não pertenço a meus amores;
Não pertenço a meus ódios;
À quem pertenço então?

Desordem, medo, desesperança.
À tardinha as coisas mudam sem parar
E à noite tudo se torna abstrato
Me sinto irreal, despersonalização.

O rosto do meu algoz
É idêntico ao meu.
Auto sabotagem inconsciente.

Não tenho controle sobre mais nada;
A realidade, o controle, a força
Tudo, escorre dos dedos da minha mão.

O sono me é roubado
Zumbificando minha aparência
Acentuando o azul mórbido sob meus olhos.

Compreendo muito pouco sobre mim
E o que sei raramente traz respostas;
Apenas controlo expectativas
De insanidade.

Noites Sem LuarOnde histórias criam vida. Descubra agora