Carneosso abafa a batida maçante
Não me parece estranha, conheço?
É seca, firme e pausada
Três vezes. Tome. Teu. Travo.É a morte? O aperto no meu peito
E os sussurros mudos me alertam
"Se prepara" desespero se faz sangue
É MEU sangue, tu não o terás
O medo tetro e gélido me é injetado
Suor álgido me escorre na testa
Água salgada me escorre na faceJá presenciei a tua trágica visita à casa
Dos meus vizinhos desafortunados
Por eles sofri, chorei, e temi receber-te
Temo."Tu deves ser eterno"
"Me deixe passageiro"
"Tu és passageiro apenas porque existo"
"Não exista, aparta-te de mim"Sussurros e apertos me sobressaltam
Corra!
Correr para onde? Correr de quê?
Inevitável onipresença intangível
Me arrepia a espinha, maldita seja.
Desespero. Desespero. Desespero.
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Noites Sem Luar
PoetryPoemas escritos quase sempre em momentos de dor, tristeza e raiva. Espero tocar, nem que seja com as pontas dos dedos, seus sentimentos e emoções. Bem como espero trazer a leve brisa da inspiração. Em noites de insônia Quantos cigarros? Já perdi as...