Muito sinto, mas pouco entendo.
Desmontei meu coração como um motor
E as peças não se encaixam.
Não me encaixo, não caibo em caixasNão há como sentir, não há como viver;
Enclausurado coração. Sangue e vida inertes.
Sobre mim, pesado grilhão.
Luto contra a carcereira
Mas um metro e cinquenta
É mais que um metro e oitenta.O condigno descanso me é ingrato.
Como Atlas, castigado eternamente
Sobre as costas o peso da minha incompetência;
Movi montanhas para nunca mais me mover.Invencível entidade, distante mas onipresente.
Inquisidora e carrasco, me rasga o peito;
Te agrada meu sofrimento
Bem como me agrada teu perfume?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Noites Sem Luar
PoetryPoemas escritos quase sempre em momentos de dor, tristeza e raiva. Espero tocar, nem que seja com as pontas dos dedos, seus sentimentos e emoções. Bem como espero trazer a leve brisa da inspiração. Em noites de insônia Quantos cigarros? Já perdi as...