Eu quero você

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Eu já cheguei na conclusão de que amo dormir agarrado em Jungkookie, seja um de frente para o outro ou de conchinha – não importa quem represente o lado de fora ou de dentro. Depois de uma madrugada que se iniciou com tantos beijos gostosos, eu poderia dormir até tarde tranquilamente, mas seus resmungos me despertam e eu o vejo sentado na cama, parecendo incomodado.

— Não é momento para isso, por favor...

— Bebê? — Chamo, tentando me acordar decentemente.

— Não me olha, Ji.

Com seu tom desesperado, me assusto e desperto totalmente. Me sento na cama e me ajeito atrás dele, colocando uma perna de cada lado seu. Estico minhas mãos para frente e entrelaço nossos dedos, aproveito a regata de seu pijama e beijo sua nuca e seus ombros na tentativa de o tranquilizar.

— O que houve, meu bebê? — Questiono ainda de forma calma.

— Eu estou com muita vergonha, isso é falta de respeito, Ji. — Ele fala baixinho, quase chorando.

— O que é falta de respeito? Me explica. — Peço.

Ele respira tão fundo que o ar parece faltar por alguns segundos. Eu aperto mais suas mãos e espalho mais beijos, mesmo que ele diga baixinho que isso não está ajudando e sim piorando seu estado. Não preciso ser muito inteligente para saber o que houve.

— Dormir de conchinha com você fez seu corpo esfregar no meu e agora eu... Isso nunca tinha acontecido, Ji, me perdoa. — Ele sussurra.

— Você ficou excitado de dormir agarrado em mim? — Também mantenho o tom baixinho. Ele concorda com a cabeça. — Você não tem que me pedir desculpas por uma reação natural do seu corpo, meu amor.

— Eu já acordei assim, e parece que você grudava o quadril cada vez mais em mim, eu tive que me afastar. — Seu murmúrio me faz sorrir enquanto escoro o rosto no seu ombro.

— Então o culpado sou eu, você não tem que pedir perdão. — Digo para ele, continuando com a trilha de beijos por sua nuca. — É normal que você se sinta assustado, já que isso nunca aconteceu antes, mas entenda que está tudo bem, neném.

Com meus beijos calmos e sutis, ele se acalma aos poucos e afrouxa o aperto das suas mãos nas minhas, as deixando juntas apenas para não se afastar de mim. Em seguida, ele me agradece baixinho por eu sempre ser o responsável por apaziguar o caos em seu peito e eu dou uma risada baixa como retorno e o garanto que ele poderá contar comigo sempre que quiser.

Quando nós dois nos acalmamos por inteiro, tomamos banho – separadamente – e eu arrumo um café da manhã com ovos mexidos e pão torrado com manteiga. Jungkook gosta disso.

— E o beijinho de bom dia, Ji? — Ele se aproxima quando coloco o café em duas canecas. — Não tem?

— Para a sua sorte, eu tenho um estoque cheio de beijos só para você. — Brinco, me virando na sua direção.

Assim que ele abraça a minha cintura e eu a sua nuca, iniciamos um beijo lento e carinhoso, gostoso como foi desde o primeiro. Jungkook aprendeu muito rápido a ter o melhor beijo que já provei, e não é apenas sobre sua boca cobrindo a minha, mas tudo ao redor também. Óbvio que o movimento vagaroso de sua boca se encaixando na minha, sua língua deslizando pela minha de modo quase sensual e o modo que ele chupa meu lábio inferior a cada poucos selares, é um combo destrutivo que acaba com a minha sanidade.

Mas isso também é sobre os suspiros que o escapam, os olhos fechados e o seu foco em nós dois, o jeito que suas mãos seguram minha cintura com firmeza e mostram seu lado dominante de me possuir, o calor do seu corpo que chega no meu, o ritmo que construímos juntos.

As Estrelas de Saturno | jjk + pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora