Adentrei na floresta gelada. Os ventos uivavam, balançando as folhas verde pântano, para lá e para cá.
Suspirei, aproveitando aquela brisa gelada. Meus passos sobre a terra úmida, ecoava como um estouro na floresta silenciosa.
Andei por alguns minutos, sempre mantendo minha guarda. Os barulhos da luta entre Lenyck e o círculo íntimo ainda ecoava, porém, mais baixo devido a distância.
Não me preocupo, pois com esse tempo, notei que Lenyck mudou. Está mais forte e perigoso.
Obviamente ele não venceria Rhys, ou Azriel. Mas ele consegue se virar, escondendo-se atrás de suas bestas vermelho bordô.
Ando por mais alguns minutos, seguindo as pegadas grandes de Azora. Até que vejo mechas vermelhas a frente, logo atrás de um galho grande.
Infelizmente, noto pelo cheiro que é tudo, menos Azora, ou Kira.
É Lucien.
— Oi, Lucien. Fazendo um passeio? — Pergunto me aproximando, percebendo que ele já esperava por mim.
O ruivo me analisa dos pés a cabeça, noto surpresa em seus olhos, mas sua expressão petrificada não quer entregar isso.
— Viu meus parceiros de combate? Kira e Azora por aí? — Pergunto, desgostosa.
O olho de metal dele se range, quando olha para algo atrás de mim.
Sorrio ladino, sabendo quem seria, assim que mãos pousam em minha cintura.
— Procurando por nós, gracinha? — Pergunta Kira, com a voz carregada de divertimento.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Me viro, vendo Azora logo atrás dela, encarando Lucien.
— Esse foi o cara por quem você morreu, certo? — Indaga Azora com a voz arrastada.
Assinto devagar.
— Ele abriu o bocão, disse ao pai sobre o suposto filho metade humano e metade grã-feérico que o irmão tem através da muralha. E adivinha quem ele culpou? A mim! — Relato, sorrindo e batendo palmas.
— Você quer que a gente mate ele? — Pergunta Kira.
Nego com a cabeça.
— Vamos atrás de Lenyck. — Sugiro, e os dois se entre olham, assentindo.
Passo por eles e ouço a voz de Lucien soar.
— Perdoe-me, Rave.
Comprimo os lábios, parando de andar.
Faço menção de virar, mas Azora agarra meu quadril, obrigando-me a andar para fora da floresta.
Eu queria perdoa-lo. Queria mesmo.
Eu morri por causa dele, e não me arrependo por isso.
Lucien é uma boa pessoa.
Sei que é.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Ouço Kira bufar pela milésima vez.
Já estamos quase no fim da floresta.
— Está com ataque de asma? — Pergunta Azora.
Ela o fuzila com os olhos.
— Você não desgarra de Venna! Desde que saímos de perto daquele ruivo. — Ela diz, enfurecida.
Gargalho baixo com a possibilidade de ser ciúmes dela.
Nem tinha percebido que a mão de Azora ainda me agarrava. Bom, ele tem pegada.
— Está com ciuminho, Kira? — Ele pergunta, a provocando. — Quem divide multiplica, sabia?
Após a última pergunta, ele me puxa para mais perto, e encosta o nariz na minha clavícula, deixando uma lambida ali.
Lhe dou um empurrão, mas ele não sai do lugar.
— Calma, novata. — Ele se afasta, lambendo os lábios. — Você é gostosa.
Reviro os olhos, e sorrio.
Meu ego sobe...
— Quem é gostosa? — A voz grave de Lenyck, soa atrás de nós, nos fazendo dar um salto.
— Você que não é. — Digo.
Leny estava em cima de um galho de árvore, ele desce com graciosidade, e chega perto de Azora.
— Você... está querendo comer a minha irmã? — Leny pergunta, fazendo meus olhos saltarem.
Azora cruza os braços e inclina levemente a cabeça para o lado.
— Irmã de amigo meu é que nem homem — Ele diz. — A gente mama um pouco, mas a amizade prevalece.
Uma gargalhada alta irrompe o local, e é seguida pela minha.
— Puta que pariu — Diz Kira, entre risos.
Leny está com uma expressão fria.
— Qual é a graça? — Pergunta o moreno de olhos carmesim.
— Relaxa irmão, tô brincando. Essa daí é pirralha demais pra mim. — Diz Azora, e sai andando.
Rapidamente paro de rir, e faço careta.
Meu ego que tava alto, desceu rapidinho.
_____________________
Oiii.
Perdão o capítulo pequeno, não queria deixar sem nenhum.
Esse capitulo foi mais para vcs terem noção da relação que os novos amigos de Venna tem um com o outro.
