Há 8 anos atrás
Eu tinha 6 anos quando meu padrasto me levou para onde trabalhava. Eu não gostava muito do lugar, pois me dava arrepios e medo. Algumas vezes, ele pegava um pouco do meu sangue para fazer alguns testes e dizia que estava preocupado com a minha saúde, aquilo doía muito, mas eu nunca rejeitava, já que estava fazendo aquilo para o meu bem. No entanto, algo aconteceu depois disso...
- Papai, o que é isso que está dentro da seringa? - Pergunto a ele curiosa.
- É um teste que irei fazer em você, para verificar se está tudo bem, não precisa ter medo. - Ele responde com um sorriso no rosto.
Eu assenti com a cabeça e esperei enquanto meu pai injetava o líquido que estava dentro da seringa. Comecei a me sentir mal e meus olhos ficaram pesados. Depois de um tempo, minha visão ficou preta e não lembro de mais nada.
Acordei com dificuldade devido à intensa luz do lugar onde estou. Ao olhar ao redor, percebi que estou em um quarto com paredes brancas. Tentei me levantar mas não consegui pois estava fraca, então ouvi o som de correntes quando eu me mexia e quando olhei melhor percebi que estou acorrentada na cama. Tentei me soltar, mas não consegui.
- 💭 O que está acontecendo? Onde estou? Cadê meu pai? - fico perdida em pensamentos.
- Papai! Onde você está? Estou com muito medo, onde você está? - Pergunto gritando em meio a lágrimas.
Depois de não receber resposta, exausta de tanto chorar e sentir sono, minha visão ficou borrada e desmaiei novamente. Quando acordei mais uma vez, vi várias pessoas usando jalecos brancos, provavelmente cientistas, e meu pai olhando para mim com um sorriso. Ele parecia feliz, mas não por me ver, era o que eu sentia.
Tentei falar com ele, mas estava muito fraca e não conseguia pronunciar nenhuma palavra. Depois de um tempo, os cientistas que estavam parados começaram a mexer em algumas coisas, mas eu não sabia o que era. Um dos cientistas se aproximou de mim e injetou algo. Imediatamente, senti uma dor de cabeça terrível.
Eles me soltaram da cama, mas eu ainda estava acorrentada então logo em seguida me levaram para uma sala escura, mas eu conseguia ver claramente as silhuetas das pessoas. Parecia que eu tinha uma visão muito boa. Eles me algemaram a uma cadeira e depois saíram. De repente, a luz se acendeu. Olhei ao redor para observar o local e vi um vidro na parede com várias pessoas, incluindo meu pai, me observando. Também notei uma porta à minha frente. Tentei me soltar, mas foi em vão.
Comecei a ouvir barulhos estranhos e fiquei extremamente assustada. A porta se abriu revelando uma figura em decomposição, parecia ser uma mulher. Nunca tinha visto algo tão horrível antes, parecia humano, mas ao mesmo tempo não era. Fiquei tomada pelo medo e comecei a chorar, tentando me soltar desesperadamente. A figura se aproximou lentamente e, a cada passo que dava, meu medo aumentava ainda mais. No entanto, ela passou por mim como se eu fosse invisível. Fiquei confusa sem entender o que estava acontecendo. Olhei para as pessoas do outro lado do vidro e percebi que estavam fascinadas com o que tinham presenciado, olhando para mim com um sorriso estranho.
Depois disso, me injetaram algo e acabei adormecendo. Quando acordei, estava no banco de trás do carro do meu "pai".
- 💭 Estamos indo para casa, eu acho. Não sei se posso chamá-lo de pai depois do que ele fez. Foi horrível, nunca mais vou perdoá-lo.
- Se você contar algo para a sua mãe, eu a mato - Ele disse ainda com as mãos no volante em um tom sério.
Olho pra ele com medo e aterrorizada com o que ele disse, afinal eu só sou uma criança e perder minha mãe assim eu não aceitaria.
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Eu sou a cura // The Walking Dead
FanfictionAnna, uma garota de 14 anos, teve que sobreviver sozinha em um mundo repleto de "walkers" (andadores). Seu padrasto era um cientista e sua mãe uma policial. Ela nunca conheceu seu verdadeiro pai e foi usada como cobaia em experimentos por seu própri...