ᴄᴀᴘɪ́ᴛᴜʟᴏ 02

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— Está aonde, Bruna?

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— Está aonde, Bruna?

A voz rouca de Viviane praticamente gritou no celular, provavelmente pelo barulho do outro lado.

— Acabei de descer do uber, daqui a pouco tô chegando. — Respondi arrumando a alça da bolsa no ombro.

O fim de semana tinha chegado, e como sempre minhas amigas me chamavam para algum entretenimento. Recentemente raramente aceitava ir, quase sempre tendo encomenda para festas ou outras comemorações, e como dinheiro não se nega preferia ficar em casa fazendo meus doces.

Dessa vez o lugar era um bar perto da praia, onde tinha música ao vivo e a comida era uma delícia. De início fiquei na dúvida de aceitar o convite, mas como faziam dias que não via as meninas, preferi vir e vê-las.

Assim que me aproximei dos estabelecimentos avistei o bar do endereço que me deram. Sua fachada era bem rústica e tinha uma pegada mais minimalista, lindíssimo logo de cara.

Corri meus olhos pelo lugar assim que entrei, buscando achar minhas amigas. A tarefa não foi muito difícil, logo vi o cabelo escuro da Nayara se movendo com ela dançando ao som de um pagode.

Sorri e me aproximei da mesa.

— Iiih, olha quem deu as caras novamente. — Yasmin anunciou minha chegada antes que pudesse falar algo.

— Aahh! — Nayara parou de dançar e veio me abraçar. — Que saudades que eu tava de você, não some assim cara.

— Eu falo isso pra ela, mas ela ama se isolar da gente. — Viviane sorriu e me abraçou também.

— É ótimo ver vocês também, estava com saudades dessa agitação. — Abracei Yasmin com um sorriso no rosto.

Nós quatro somos amigas desde quando éramos pirralhas piolhentas, cresci junto dessas meninas e elas me ensinaram o que era amizade.

Aos 10 anos me mudei para outro estado, mas quando voltei nada parecia ter mudado. Sempre mantivemos contato mesmo com a distância, e isso ajudou nossa amizade ser o que era hoje.

— Sabem que não fiz de propósito, estava tendo muita encomenda no fim de semana, mas aqui estou eu. — Abri os braços. — Podem usufruir da minha companhia por hoje.

— Claro que estava trabalhando, quem seria Bruna sem ter a mente focada em fazer dinheiro? — Nayara brincou.

— Nossa pocahontas trabalha demais, precisa de descanso e curtir um pouco, não acham? — Viviane olhou sorrindo para as meninas.

Felina | Amores do acaso 01Onde histórias criam vida. Descubra agora