ᴄᴀᴘɪ́ᴛᴜʟᴏ 03

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Não achava que eu poderia ter tanta cara de pau, mas tinha

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Não achava que eu poderia ter tanta cara de pau, mas tinha.

Minhas batatinhas estavam na frente do Alef, que estava perto do Breno, que estava ao lado de Miguel. Envés de pedir para trazerem para a ponta onde estava, eu me estiquei naquela mesa, peguei a batatinha e no processo dei uma olhada no filha da puta bonito.

E adivinha? Ele olhou pra mim também, me encarou novamente.

Eu ainda fingi que nada aconteceu e sentei belíssima para comer, lugar onde estava até agora.

— Pode pegar, amigo. — Olhei para Luan.

— Pô, vou aceitar cara. Pedi a minha tem tempo e até agora nada, não lembrava do atendimento demorar tanto. — Pegou uma batatinha.

— Tá lotado né, irmão? Dá outra vez que viemos foi meio de semana, é mais vazio.  — Breno disse, os braços cruzados na mesa.

— Aquele dia foi doidera, tinha dois trabalhos pra fazer, uma prova pra estudar e tava enchendo meu cu de cachaça escutando pagode. — Alef riu contando e o acompanhamos.

— Você é um filha da puta irresponsável, né parceiro? — Luan brincou e Alef fez careta.

— Fale isso do nosso chocolate não, ele tem sentimentos. — O loiro repreendeu Luan, que o olhou indignado.

— Porra nenhuma. — A voz rouca meio grossa do Miguel se fez presente na mesa.

— O desgraçado quase não abre a boca, mas quando abre é pra me atacar. Racista! — Alef apontou o dedo para Miguel, que apenas riu e o estendeu o dedo do meio.

— Ei Bruninha, tava faltando os rolês por quê? — Breno trouxe a atenção para mim.

— Tava com muita encomenda nos fins de semana, aí ficava complicado ir.

— Nossa, verdade! Esqueci que você fazia doces por encomenda.

— Faz quais tipos de doces, Bru? — Alef me olhou atento.

— Bolo, cupcake, doces de leite, donuts, brigadeiro, beijinho. Enfim, muitos. — Sorri tentando amarrar meu cabelo com ele próprio,  falhando miseravelmente.

— Gostei do último. — Alef me olhou sugestivo e ri da cantada.

— Porra... — Luan riu do meu lado.

— Amigo, desiste. Já te falei que esse caminho é perigoso, não vá por ele.

Não era a primeira vez que Alef dava em cima de mim daquela forma, sabia que ele brincava na maioria das vezes, mas eu sempre negava independente de ser brincadeira ou não.

Felina | Amores do acaso 01Onde histórias criam vida. Descubra agora