ᴄᴀᴘɪ́ᴛᴜʟᴏ 11

212 27 21
                                    

Ficamos um tempo na praia, mais nos beijando do que admirando o céu, não vou mentir

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Ficamos um tempo na praia, mais nos beijando do que admirando o céu, não vou mentir.

Ele beijava que era uma delícia, não podia perder a oportunidade.

No momento estávamos voltando para o carro, as mãos dadas. Na minha cabeça era para não nos perdemos, mas o carinho que recebia nela não passava essa mensagem.

— Me dá teu pote, vou jogar ali. — Pediu o recipiente que estava tomando o sorvete, que ainda estava na minha mão.

Lhe dei o pote e ele se afastou. Para não ficar no meio de onde o pessoal passava, me abriguei no cantinho, segurando firmemente minha bolsa, atenta a tudo.

Aqui no Rio podia nem dar bobeira, a mão do pessoal parecia pluma, a pessoa não sentia nada e era muito rápido, quando você notava sua bolsa era o canto mais limpo do mundo, isso se ela não fosse levada também.

Fui assaltada uma vez só, e foi quando vinha de visita na casa do meu pai. Na época era aniversário de uma tia minha que morava no Bonsucesso, fomos cedinho e planejavamos voltar cedo, já que o meu irmão era novinho nesse tempo e dormia cedo.

Porém, aconteceu o contrário.

Voltamos dez horas da noite e quando estávamos indo entrar no carro, um cara saiu do quinto dos infernos em uma bicicleta, em uma velocidade do carai.

Só senti o vento na minha cara e segundos depois a falta da minha bolsa.

Nunca mais quis voltar lá.

E nunca mais dei bobeira também, seja na zona mais segura que tivesse.

— Tá lotado, hein. — Miguel volta e segura minha mão novamente, me puxando para a direção do carro.

— E olha que já são dez horas. — Falo colocando meu cabelo para um lado só.

— Dá trabalho cuidar? — Apontou para meu cabelo e sorri.

— Um pouco, mas é algo que eu gosto. —  Respondi alisando meu cabelo.

— Foda, lindo pra caralho ele é. — Encarou meu cabelo todo e eu sorri feliz com o elogio.

Amava quando elogiavam ele, me deixava orgulhosa pelo trabalho todo valer a pena.

— Obrigada!

Não demorou para chegarmos no carro, e como todas as vezes essa noite Miguel abriu a porta pra mim.

Achei que ele fecharia a porta e já me preparei, mas ai ele ficou parado e tirou a mão de trás das costas.

Felina | Amores do acaso 01Onde histórias criam vida. Descubra agora