Os longos cabelos negros e a pele pálida sobre a luz da lua, ela não tinha visto ele, então Max apenas se encolheu, e viu Morana se deliciar nas águas.

Serena e delicada não parecia a guerreira bruta de antes, ela boiava, deixando metade do corpo nu para fora, Max via tudo sentindo seus músculos ficarem rígidos ao verem Morana assim...

Mas de repente, ela ficou de pé, levou as mãos na cabeça, parecia com dor, atordoada, então quando ela abriu os olhos eles estavam cintilantes e vermelho, ele olhou diretamente para Max, e afundou na água.
Max ficou olhando nas margens mas Morana não saiu, quando ele olhou para baixo ela estava submersa até o nariz, na sua frente.
A sena deixaria qualquer em pânico de tão sobrenatural que era, Morana ficou de pé com os cabelos cobrindo os seios, foi levando uma faca ao pescoço de Max que estava totalmente travado com a magia dela. E quando ela fez o primeiro corte leve e superficial, que fez apenas uma gota de sangue cair na água.

Morana sentiu a forte dor novamente na cabeça fechou os olhos, deu vários passos para trás e Max saiu do transe, quando Morana abriu os olhos de novo, eles tinham voltado ao normal.

Max: Morana...

Morana: é o caos...ele tenta a todo momento tomar conta de mim, se eu deixar, não faço ideia do que posso virar.

Max: a quanto tempo isso acontece?

Morana: ah um ano. Não posso de maneira nenhum perder o controle, da última vez, eu derrubei uma pilastra base do submundo. Tentei de matar?

Max: sim, estou me acostumando na verdade.

Morana foi para as margens saiu da água e se cobriu com uma túnica transparente branca. E ali Max consegui ver a cicatriz nas costas dela profundas e dolorosa.

Max: o jeito que você manca e anda curvada para frente.... o que aconteceu quando tiraram suas asas?

A um dia atrás, Morana mataria Max pela pergunta, mas o encontro com Toguro a deixou mais receptiva.
Morana olhou seu reflexo na água sobre a luz da lua.

Morana: quando arrancaram minhas asas, ossos das minhas costas ficaram para fora, meu corpo começou a cicatrizar e a se desenvolver, e esses ossos caíram, deixando uma deficiência, eu sinto dores que você não pode imaginar. E não consigo andar totalmente reta.

O coração de Max foi esmagado totalmente pelas palavras de Morana, a culpa atravessou o peito dele e arrebentou tudo por dentro.
Vendo o clima fúnebre, Morana olhou Max de cima a baixo e sorriu.

Morana: você não é mais magrelo como na sua adolescência.

Max: é, eu mudei bastante.

Morana; e por dentro?

Max saiu da aguar, Morana disfarçou olhando para o outro lado, pegou a manta que ele iria se secar e se sentou ao lado dela, os dois ficaram quietos e ele resolveu quebrar o silencio.

Max: olha eu tenho que te contar uma coisa.

Morana: Xiu!

Max: Morana é sério eu...

Morana: você ouviu isso?

O chão começou a tremer, Morana e Max ficaram de pé correram para o acampamento e tentaram se vestir o mais rápido que puderam. Todos acordaram Aratuza e suas valquírias voaram para ver o que estava acontecendo. E quando voltaram as notícias não eram nada boas.

Aratuza: germes gigantes.

Max: aqui? Tão perto da superfície?

Aratuza: a trilha se perde em milhares de buracos. Eles estão devastando tudo, e em sua carne nojenta existe a marca da chama azul.

Morana: isso não é nada bom, significa que as minas foram todas tomadas.

Max: teremos que ir pela floresta velha.

Aratuza: deve existir outra maneira...

Morana: outra rota só nos deixa mais distante.

Max: e se formos até a velha colina, existem grifos por lá.

Aratuza: não, aquele lugar foi destruído a muito tempo.

Morana:não temos outra escolha...para a floresta velha ao amanhecer.

MORANAOnde histórias criam vida. Descubra agora