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Max: tão bonita...

Max alisou o rosto de Morana delicadamente, depois desceu pelo seu braço e segurou sua mão gelada, a sensação de tocar Morana desencadeou diversas sensações pelo corpo de Max.

Max: eu...eu tenho que te contar uma coisa...acho que só teria coragem sem ter que olhar nos seus olhos que penetram minha alma.

Morana ainda desacordada, e Max sobre seu corpo lutando contra a verdade. Ele sentia vergonha de ser o caçador mais forte e não ter salvo Morana, mas naquela época ele não tinha a força que tem hoje.

Max: no dia do seu julgamento, eu...eu ouvi os caçadores conversando, para mim tudo era para a prisão de um traidor. Eles estavam juntando as tropas, tudo parecia muito sério...e foi então que...passando por uma das sala de reunião dos caçadores eu ouvi tudo, ouvi seu nome, e o que eles iriam fazer.

O coração de Max parecia que iria saltar para fora do seu peito.

Max: aquilo para mim era um absurdo tremendo, quando sai correndo para ir até as valkirias e encontrar você, eu fui pego, e...e naquela época fraco como eu era. Eu senti os ferros da prisão de ossos, começaram a me quebrar por dentro ate que cai no chão sem movimento.

Max se debruçou para frente quase encostando a cabeça no corpo dela, mas apenas despejando a verdade.

Max: e ai eles me levaram para ver você ser julgada, machucada, destruída, e eu fiquei ali olhando, como um nada, sem poder. Impotente...e isso me assombra Morana, dia e noite.
E depois eu tentei ir atrás de você, e quando eu percebi que era fraco de mais, eu treinei. Treinei até desmaiar, me tornei o mais forte dentre todos os caçadores, sem medo, sem insegurança, eu fiz coisas terríveis para que nunca mais fosse fraco.

Depois ele levantou o corpo e foi até o rosto dela e encostou sua testa com a dela, e ali respirou fundo, tentando engolir todas as lágrimas que queria cair.

Max: e todas as noites...todas elas eu sonho com você, com aquele dia, com os dias antes de tudo acabar, antes de perder você. Eu daria minha vida pela sua, fica bem logo, mesmo que seja para brigar comigo todos os dias, mas não me deixa, não me deixa ficar sem ver seu olhos, ouvir a sua voz, sentir sua presença.

Então Max abraçou o corpo mole de Morana, ainda desacordada, e com força a pegou, cheirou seu cabelo e deu um longo e forte beijo em seu pescoço. Depois com muita delicadeza a devolveu deitada.

Max: então...aquele dia, eu queria ter salvo você, eu queria mais que tudo...mais eu não pude...me perdoa...eu amo você, amo você demais.

Max deixou a sala, desolado, cheio de desejo por Morana, e de peito aberto e vazio, ele tinha deixado tudo o que ele tinha aos pés naquele pedra.

Aratuza sorriu ao ver a fragilidade dele durante o jantar, sabia que ele tinha tomado um paço importante. E em seu quarto ele pensou em Morana, e a desejava ali com ele, não mais como o garoto que amava a valkiria, mas como o caçador forte e poderoso desejava o corpo da mulher que ele amava. Do outro lado do templo, Aratuza e William conversavam.

William: que bom que deu certo, ele falou, mas ela não ouviu.

Aratuza sorriu para William.

William: o que acontece agora?

Aratuza: agora Morana deve acordar.

MORANAOnde histórias criam vida. Descubra agora