No outro dia logo cedo, todos caminhavam para sair do submundo e Morana já podia ver a luz em seu rosto, ela continuou andando e quando o sol bateu em sua pele, ela se sentiu viva de novo, o seu pulmão pode respirar ar fresco, ela sentiu o vento gelado em sua pele, e ajoelhou tocando a grama.

Morana: esse mundo poderia ser tão diferente...

William: você vai mudar ele...

Eles seguiram viagem, mas não tinham um plano traçado. Só tinham que descobrir como parar o que estava por vir.

Morana: então caçador, qual seu plano?

Max: quero ir atrás dos vestígios, essa magia está comendo a terra, precisamos achá-la, e derrotá-la na fonte.

Morana: a chama azul é atraída pelos polos da terra até chegar ao centro de tudo, ela irá até o templo da vida, devemos ir até lá.

Max: entendo. Mas o templo fica a muitos dias.

Morana: pare de ser preguiçoso e vamos naquela direção a dois dias, a uma vila onde podemos pegar comida, roupa, água tirar um boa noite de sono. Depois iremos sem parar para o norte...

Max: bom, então vamos.

~

Então a pequena caravana seguia longe dos caçadores do concelho, ninguém poderia saber que Morana estava viva, embora ela tivesse mudado tanto que ninguém a reconheceria, mas ela chama muita atenção.

Max: acho que estamos chegando.

William: que bom...minhas pernas doem.

Merida: eu já estou muito velha para isso, deveria ter ficado em casa.

Morana: parem de reclamar e andem.

Max: espera! Espera! Eu vou na frente.

Max passou na frente de Morana e foi verificando o local, sem presença do concelho, eles ainda estavam em paz.
Aratuza e as outras valquírias usaram magia para esconder as asas, não dava para de passar desapercebido, com mulheres com asas com mais de dois metros cada lado
E quando entraram na vila, trataram de comprar mantimentos para a viagem, compraram roupas novas e se hospedaram. Todos no mesmo quarto sem questionamentos, cada um com sua higiene em dia, todos prontos para dormir e descansar mas Morgana ainda continuava em alerta, sua cabeça não parava, no submundo ela vivia em perigo constante, ali ela poderia relaxar mas não conseguia.

Max: dá para ouvir seus demônios daqui.

Morana: as vezes é só o som da sua voz mesmo, então durma caçador.

Max: eu dormiria se você não retirasse tão alto.

Morana: minha respiração não seria assim se meus ossos não fossem....

Aratuza: chega vocês dois, tratem de dormir, estamos todos cansados.

Morana: eu vou para fora.

Morana se levantou e foi para a varanda, fechando a porta atrás dela, aquilo apertou o coração de Max pois ele queria ficar perto dela.
Aratuza observou a movimentação de Max, inquieto e preocupado, logo ele teve coragem e foi ao lado de fora e se deparou com Morana deitada no chão dormindo.

Max: é uma...

Morana: pense bem no que vai falar.

Max: existe uma cama quente e confortável para você lá dentro.

Morana: eu fiquei por mil anos sobre o chão venenoso e duro do submundo.

Max: eu vim apenas tomar um ar.

Morana: então não fique falando comigo. Quero dormir.

Max não conseguia uma brecha se quer, Morana estava totalmente blindada da aproximação dele. E como Max era um chucro, para ele, entender dessas coisas era um outro nível que ele tinha que atingir.
Então ele ficou ali parado, ouvindo a respiração dela relaxar e o sono ir chegando ao corpo dela. Max resolveu humildemente pedir sem saber se ela escutaria um pedido a Morana.

Max: me perdoa...me perdoa por não ter lutado por você, me perdoa por ter deixado eles levarem você de mim...

Um silêncio surgiu no intervalo de palavras, um vento frio e o barulho das arvores. Quando ele olhou para trás, para vê-la, Morana estava sentada olhando para ele, com os cabelos bagunçado, um olhar de sono, mas ela ouviu...

Morana: eu não consigo caçador, não agora, meu coração fica repleto de ódio só de pensar...

Max: acha que um dia pode me perdoar?

Morana: não...

Max engoliu a culpa a seco, e entrou, deixando o assunto e Morana para o lado de fora, e caiu em um sono profundo.

A jornada ainda seria longa, e os dois ainda teriam muito o que se resolver, mas nada, nenhum acontecimento muda o destino de Max e o de Morana, morte os aguarda no caminho.

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