capítulo sete;

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quem é vivo sempre aparece né

eu revisei mas tô com sono então não confio na revisão
boa leitura!! e para explicações leiam as notas finais pfv 🙏🏻


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Aquele dia Satoru foi embora tarde e com muito pesar pois estar com Suguru foi a paz do seu tumulto e ele já estava sentindo falta, tanto de Suguru quanto do gato que pareceu adorar seu semelhante. Ele passou a tarde contando mais e mais coisas que seu pai já fez, todas as provas que já tinha e as que faltavam, como ele as conseguiu, contou sobre Choso que era quase um agente duplo entre ele e seu pai se não fosse pelo fato de que não via o homem há muito tempo. Sobre Yuuji que era seu assistente e maior apoio, Yaga, o braço direito de seu pai e Maki, as quatro pessoas que mais confiava que estavam metidas nessa situação. Ele não focou tanto na última citada pois ela era responsável pela casa, mais especificamente, sua mãe, ela era seus olhos e ouvidos dentro daquela prisão então tinham contato estritamente profissional, apenas.

Desde o dia em que se acertaram as coisas fluíram melhores, Gojo sentia seus dias mais leves mesmo que Yaga e Sukuna estivessem em seu encalço. O primeiro não era problema, pelo contrário, mesmo sendo o mais velho e um dos homens que seu pai mais confiava era ele quem fornecia certas informações para si. Já Sukuna, esse sim era o problema, irmão gêmeo de Itadori entretanto sem seu coração bom e carisma mas com necessidade de reconhecimento, qualquer coisa fora do padrão que fizesse chegaria a seu pai em pouquíssimo tempo, imaginava que Sukuna era uma Riko em sua vida.

Passou cerca de um mês desde aquele dia, as sessões haviam melhorado porque o relacionamento deles havia melhorado, não existia mais a barreira de indiferença entre Suguru e Satoru e embora não demonstrassem na frente dos funcionários, eles sabiam que havia algo, poderia ser uma amizade, romance ou um contrato de trabalho anônimo talvez? Ninguém sabia mas não era algo que realmente importasse a eles, estava bom trabalhar daquela forma.

Durante todo esse tempo eles não tiveram notícias de Choso, Suguru mandou inúmeras mensagens e ligações mas nenhum foi respondido, ele estava preocupado e nem Yuki tinha notícias então não sabia o que fazer a não ser aguardar que ele aparecesse já que chamar a polícia poderia ser arriscado, segundo Satoru.

Eles não estavam num relacionamento mas não era como se fossem ignorar tudo que já viveram. Todos os dias, Gojo, da sua maneira, buscava se redmir pelos seus erros, tratava Suguru como se fosse a primeira vez que estivesse o conquistando, dava presentes, de maneira anônima, lembrancinhas ou só olhares carinhosos suficientes para derreter o moreno. Embora Geto dissesse que não precisava disso Satoru insistiu entretanto, ainda manter isso em segredo estava o sufocando por dentro e fazendo odiar com todas as forças sua fama, era praticamente impossível que respirasse sem que metade da internet soubesse e ele queria pelo menos um pouco poder sair de mãos dadas com Suguru, saírem para lanchar, passear, ir a uma sorveteria, coisas que não podiam nem quando adolescentes. Por enquanto, se contentavam em fazer chamadas de vídeo praticamente todos os dias e conversar por horas a fio, como dois adolescentes apaixonados.

Suguru estava concentrado em seu trabalho e mesmo que fosse Satoru quem estivesse posando isso não era suficiente para distrai-lo, só voltou ao mundo real quando a garota da recepção do andar em que estavam chamou seu nome, sua voz era baixa e delicada mas ainda sim Suguru escutou levando sua atenção a ela.

— Perdão o incomodo — esticou um pacote de presente para o moreno — foi deixado na portaria para você — disse por fim e saiu assim que ele pegou.

A princípio, achou que fosse mais uma das investidas de Mahito, então, entediado abriu o presente mas não precisou de muito para saber que foi Satoru, era uma pelúcia de algum personagem de Digimon com pelagem branca e olhos azuis, havia uma etiqueta dizendo "pra você não esquecer de mim" e era impressionante como essa frase vinda da pessoa certa tinha um poder diferente sobre si. Ele abriu um sorrisinho subindo o olhar para o modelo do outro lado da sala que apenas retribuiu com uma piscadela. Como se não bastasse seu gato mimado, agora tinha uma pelúcia que lembrava ele, mas também não é como se em algum momento ele fosse esquecê-lo.

mouth of the devil - satosuguOnde histórias criam vida. Descubra agora