demorou um pouco pq eu tava organizando ideias mas saiu n sei se ta indo rápido dms se tiver ruim pfv me avisem, é q eu não pretendo estender ela dms, no máximo estourando 20 cap mas acho q não chega a isso
ㅤ
. . .
ㅤ
Suguru quis rir quando Satoru disse "eu prometo", até pensou em fechar a porta porque já era muito estresse para um dia só mas repensou e concluiu que era melhor tudo de uma vez do que parcelado e, afinal, ele estava esperando por isso, deveria acabar logo.
Deu espaço para o platinado que passou por si e ele fechou a porta em seguida, se dirigiu a frente dele cruzando os braços a frente do corpo. Satoru esfregava as mãos na calça em nervosismo e parecia a ponto de explodir.
— E então? — Suguru questionou.
— Não sei por onde começar — riu nervoso.
Satoru removeu o boné e os óculos questionando silenciosamente se poderia deixar sobre a mesa de centro, e tendo a permissão do fotógrafo, o fez. Esfregou as mãos suspirando pesadamente antes de começar.
— Você sabe por cima que meu pai é uma pessoa horrível mas detalhadamente ele pode ser bem mais que horrível — Suguru estendeu a mão indicando que Satoru poderia se sentar caso quisesse e ele fez isso, ambos sentando lado a lado no sofá — Eu te pedi os dois anos e eu ia voltar nesses dois anos, na verdade, eu tinha comprado a passagem e eu estava a caminho do aeroporto porque eu tinha te prometido que eu voltaria e eu não queria quebrar essa promessa... — ele virou seu rosto encarando o moreno — Eu queria voltar pra pelo menos dizer olhando nos seus olhos que eu ainda te amava e que você não deveria duvidar de mim — Suguru estava surpreso — Eu achei que jogar tudo a mercê do destino seria como nos contos de fadas onde magicamente ficaríamos juntos — riu fraco e voltou a atenção a mesa de madeira a sua frente — Só que ele descobriu e na metade do caminho eu recebi uma ligação, a Mei tinha sofrido um acidente — Suguru arregalou os olhos em choque — Era ele mesmo na ligação, disse que eu ainda não tinha aprendido o que acontece quando eu não faço o que ele manda.
— A própria filha? — o moreno estava estático, desacreditado.
— Pois é mas não é como se ele se importasse. Ela teve uma lesão no plexo braquial que deixou sequelas, não tem muita força muscular e sensibilidade.
— Ela pode melhorar?
— Fez muitas cirurgias e ainda faz vários tratamentos, fisioterapia, ela leva como dá.
— Eu sinto muito — hesitante, Suguru tocou seu braço buscando consola-lo recebendo um sorriso sem graça apenas.
— Conheci dois homens que trabalhavam pra ele, um quando eu era criança e outro depois que fui embora. Hikari e Toji, respectivamente. Hikari foi o mais próximo que tive de afeto na infância, ele me fazia me sentir como uma criança — suspirou — mas um dia ele confrontou meu pai por minha causa e você já deve imaginar o que aconteceu — Satoru fincava as unhas na palma da mão — foi bem na minha frente, eu não consigo esquecer o corpo dele no chão, ele repetindo que a culpa era minha — ele virou o rosto para o fotógrafo, seus olhos estavam vermelhos mas não havia lágrimas e nem sinal que elas iriam vir. Suguru, sentiu seu coração partir com tal expressão e delicadamente, segurou sua mão para evitar que ele se machucasse caso continuasse as fincando daquela forma e transmitir algum tipo de apoio.
— Você não precisa continuar se não quiser.
— Não, eu vou, não se preocupa — voltou a fitar o chão — E Toji, bem, ele não se importava comigo, bem longe disso, ele só queria destruir meu pai, ele se infiltrou lá pra isso, a gente só contaria um com o outro, inclusive ele me ajudou com a maioria das coisas que eu tenho comtra aquele homem. Enfim, numa tentativa de matar meu pai, ele falhou, e mais uma vez a culpa era minha e eu... eu nem sei o porquê.
VOCÊ ESTÁ LENDO
mouth of the devil - satosugu
Romancegojo tinha tudo, materialmente falando, mas para ele, seu verdadeiro tudo possuía longos fios escuros e um sorriso que tinha poder suficiente para alterar completamente sua química cerebral. no entanto, depois de deixar seu tudo escapar dolorosament...