You're the beat of my Woert

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Olá, este capítulo ficou um pouco longo, mas eu espero que vocês gostem mesmo assim. Um agradecimento especial a quem tem aparecido por aqui, dando um feedback. A fic é pra vocês.

Obs: acredito que o penúltimo capítulo tenha deixado evidente que esta é uma fic 16+. De qualquer forma, vale ressaltar.

Boa leitura.

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        Naquela primeira aula, Wednesday se sentou próxima à Enid. Isto não era uma prioridade pra si, mas desde que a menina fora traída por sua outra melhor amiga e companheira de todas as classes, não lhe custava que permanecesse ao lado dela durante esta árdua transição. Mas Enid era como aqueles gatos traiçoeiros e carentes, deslizava a mão por alguma parte do corpo de Wednesday com frequência, se achegava perto dela, apenas para dar o bote.

E, de repente, para o pavor da morena, a namorada cometeu um ato terrivelmente assombroso: lhe passou um bilhete.

- Enid.

- Apenas leia. - ordenou entre os dentes

Wednesday tornou a olhar para o professor, mas logo pegou o bilhete e o abriu. E estava escrito: Filme mais tarde?

Enid sabia que veriam aquele filme idiota, por que estava lhe mandando um bilhete? E por quê não simplesmente falar? Estava logo ali ao lado dela.

Olhou para ela e em seu rosto estava um sorriso de excitação. Seus olhos eram intensos. E tudo isto por causa de um bilhete.

Com um suspiro, escreveu rapidamente no papel uma simples frase que sabia que significaria para ela: O que você quiser; dobrou e o empurrou de volta.

Não precisou olhar diretamente para ver sua alegria e inquietude adolescente. De repente, sentiu o estalado rápido dos lábios de Enid em seu rosto. Hesitou, mas olhou para ela de esguelha por alguns segundos. Aquele deveria ser o estágio do flerte, ao qual já haviam superado. Wednesday não entendia nada daquilo, mas Enid parecia como uma criança boba. Talvez tudo isto fosse resultado do que quase aconteceu na noite anterior, embora não considerasse tudo aquilo de cunho necessário. Mas, como sempre, sabia que isto era diferente para ela, então não protestou.

        Ao caminhar para fora da aula, puxando a correia da mochila, sentiu a mão sorrateira e nada discreta da loira agarrar a sua.

- Você nem imagina! - falou em seu habitual tom de animação

- Alguém morreu?

- Não! Credo! Chega de mortes, okay?

- Falando em mortes, você viu a Bianca?

- A Bianca? Era dela que eu... O que você quer com a Bianca?

- Ver a língua dela. - sorriu discretamente - Soube que abriu um buraco.

- Foi um furo. E você não vai ver a língua da Bianca! Fora de cogitação.

- Por quê eu não faria isso?

- Não é normal. Você não pode pedir pra ver a língua de alguém. E, aliás, não quero que você fique olhando pra língua das meninas. Ou dos meninos.

- E por que não? Eu vejo a sua o tempo inteiro. Você coloca ela na minha boca.

- É porque eu sou sua namorada, bobinha. Eu posso. E eu sei como é fácil cair no seu charme.

- Você está com ciúmes. - constatou

- É claro que estou. Mas você não me deixou falar o grande bafo! - apertou o braço dela

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