Capítulo VI:
Está Tudo BemObservo meu reflexo no espelho retangular pregado sobre a parede, e toco o curativo em meu nariz de forma desconfortável, tirando meus óculos já estando com a face vermelha em raiva e vergonha. Não posso usar meus óculos com esse curativo enorme em meu nariz!
Suspiro fundo passando a mão em meus olhos marejados, caminhando direto para as cabines do banheiro, fechando a porta enquanto sento sobre a tampa do vaso fechado, desfazendo as tranças de meu cabelo raivosamente, começando a chorar alto.
Por que tive que quebrar meu nariz!
Se eles já mexem comigo pelas minhas vestimentas, jeito de ser e aparência, imagine quando me verem com o nariz completamente vermelho e coberto como uma idiota! O que eu vou fazer! Odeio tudo isso! Odeio quando mamãe insiste em cortar minha franjinha e fazer tranças em meu cabelo! Na verdade, eu amo... eu amo quando ela faz isso... . Me sinto adorável..., mas... meus colegas não acham o mesmo... . Eles não parecem realmente gostar de mim... . Queria saber o por que... talvez seja por que moro longe provavelmente sendo a minoria, e por ser estranha...
Por que eles me odeiam? Por que mexem comigo? O que fiz de errado... . Eu não fiz nada para eles.. por que mexem comigo, jogam lixo em mim, roubam minhas coisas? O que fiz para eles... . Por que me dizem tantas palavras feias..? Por que?
— Quatro olhos...
Uma voz fina e enjoada ecoou pelo banheiro pequeno, começando a me tremer como se fizesse menos vinte graus aqui, fechando os olhos e prendendo a respiração para não me ouvirem aqui; rezando baixinho.
Por favor, que não me escutem aqui! Por favo–
— Não somos burras, quatro olhos, é claro, diferente de você..
Começou a rir alto, percebendo que Tifanne não está sozinha, e sim, provavelmente acompanhada por Rebecca, Bárbara e Chloe. 'O quarteto popular', como elas próprio se intitulam. Não passam de crianças más que querem se sentir melhores menosprezando e aproveitando da fraqueza dos outros mais fracos e que não sabem se defender... como eu.. .
— Sabemos que está aí! Seu cheiro ruim de gambá fedido deixa claro! Quer dizer, bem claro! Afinal, qual foi o dia em que você viu o sol pela última vez, vampirinha?— Por que não vem brincar com a gente, em, vampirinha?
Outra voz alta disse, começando a bater contra a porta de minha cabine, fazendo com que eu abrace meus próprios pés e comece a chorar.
— Ah! Já vai chorar? Por que você não vai na diretoria e pede para chamarem a sua mamãezinha, bebê?
Tifanne gritou rindo como uma louca, batendo e esmurrando a porta frágil do banheiro, que a qualquer momento, pode cair com tantas bufetadas, começando realmente a chorar alto, afinal, elas já sabem que estou aqui, o que posso fazer? Sou tão boba..., realmente achei que elas não me perceberiam aqui... . Estou cheirando tão mal assim? Sou realmente uma chorona?
—"Ah, diretora! Acredita que achamos esse bebê chorão na lata de lixo? Sim, parece que nem seus próprios pais a quiseram! Até adotaram um garoto que diferente dela, é inteligente e um gato!"
Chloe disse imitando o que iria falar para a diretora, encadeando uma série de risadas altas escandalosas e uma nova falação sobre Elijah, que como elas falaram, já ficou popular na escola, tornando-se a nova celebridade. Ele acabou de chegar, mas faz com que todos caiam aos seus pés! Como ele fez isso? Qual o segredo para conquistar as pessoas assim? Ele é tão popular e eu sou tão... esquecida.
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Quando Você Chegou
FanfictionAo vê-lo passar por aquela porta, seu peito se encheu de algo que nunca havia sentido... agonia. Mabelle Carson percebeu algo de errado desde que seu novo irmão mais velho adotivo pisou por aquela porta; trazendo consigo, azar, dor e sérias c...