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                                Capítulo VIII:
         Apego Emocional, Conflitos e Fôlego




                                        Part I



Bato meus pés ansiosamente sobre o chão, olhando fixamente para o relógio sobre a parede em cima da lousa de giz da sra. Snow, que resmunga ao apagar mais um quadro inteiro para começar a fazer mais contas mirabolantes para nós, que com certeza, estamos prestando em atenção em qualquer coisa, que não seja ela.

    Bárbara, uma das garotas do quarteto, sentada sobre uma das mesas ao meu lado direito no fundão, me encara com tanta convicção e... ódio, que consigo sentir minha cabeça queimar em tantos pensamentos negativos e energias sombrias me circulando, como se todos nesse momento me encarassem e apontassem o dedo para mim.., me julgando... me avisando de algo que estar por vim.. . Balanço minha cabeça querendo parar de pensar nisso, levando uma de minhas canetas até a boca a mordendo nervosamente na ponta, querendo acalmar minha ansiedade fora do normal hoje, apenas querendo que o sinal toque, para poder ir para casa...

    Estava achando uma ideia legal as garotas terem me convidado para encontrar com elas, mas... e-eu não tenho mais certeza de que quero me encontrar com elas agora... . Depois de ontem, que não apareci para me encontrar com elas.. por causa que eu fiquei de castigo depois de ter supostamente "chamado Elijah para brincar na floresta", como ele mesmo inventou, acho que as deixei com raiva.

Muita raiva

De repente, pulo da cadeira após o sinal alto ecoar por todos os corredores e salas da instituição, pegando minhas coisas já organizadas em cima da mesa, para sair apressadamente da sala, sem olhar para trás. A medida que ando apressadamente pelo corredor, sinto alguém me seguindo; posso ouvir seus passos apressados e fundos batendo contra o piso escorregadio.

Hiperventilo imprensando meus livros contra meu peito, já com vontade de chorar em pânico, sentindo meu coração errar as batidas ao chegar em meu armário e o abrir com pressa, jogando meus materiais de qualquer jeito, para o fechar e gritar em susto, por Bárbara aparecer de repente de trás da porta de meu armário, puxando meu braço e tampando minha boca.

— Fecha a matraca, loirinha!

Resmungo tentando puxar sua mão suada que cobre minha boca, olhando desesperadamente para as pessoas que nos olham e passam pelo corredor, também, nos ignorando como se nada estivesse acontecendo, sendo levada a força por Bárbara, em direção aos fundos da escola. Ela chuta a porta dos fundos, e sinto o frio batendo contra minha pele exposta ao pisarmos sobre a neve fofa, finalmente podendo respirar por soltar meu rosto e me jogar contra a neve que em contato com minha pele, arde como fogo em tanto frio.

    Rolo ficando de bruços para tentar me levantar e engatinhar para longe da mesma, sentindo sua mão pegar e puxar meu cabelo com força, me jogando em direção ao chão mais uma vez, me causando uma dor extrema no couro cabeludo, e pescoço pelo mal jeito, só conseguindo agora, chorar.

    — Para..!

    Pedi chorando, tentando afastar suas mãos que a cada movimento sequer, já machuca minha cabeça sensível pelo frio, começando a tremer em frio, e ao ver de longe, o restante das garotas do quarteto, virem em nossa direção... .

    — Olha o que achei no final da lata de lixo..— Bárbara puxou meu cabelo, virando minha face em direção as garotas que agora estão a minha frente, todas de rosa, combinando umas com as outras.— Não estou afim de enrolação.., o que eu pedi, está aí com você, Chloe?

Quando Você ChegouOnde histórias criam vida. Descubra agora