Capítulo XIV:
Brigas, Palavras Cruéis e Surto— Já foi tarde, empregada maldita...
Subi meu olhar inchado em tanto chorar, após ouvir a voz séria de Elijah agachado perto ao outro lado do corpo de Lorraine; cerrando meus dentes e arregalando meus olhos, para de algum jeito, pular em cima de Elijah, só conseguindo ver a cor vermelho carmesim em tanta raiva...
— Seu filha de uma puta desgraçado!!! Como você pode!!
Chacoalhei seu corpo, dando um murro certeiro em seu peito, que desceu com a tosse alta de Elijah, que no mesmo instante me olhou com a maior fúria do mundo e pegou em meu braço de forma brusca, me jogando em direção ao chão, sentindo uma falta de ar enorme pela pancada. Fecho os olhos com força, tossindo como uma louca pelo ar que fugiu de meus pulmões machucados, gritando esteticamente em uma mistura de medo e ódio, após Elijah ficar em cima de mim e agarrar meu rosto com apenas uma mão, chocando minha cabeça diversas vezes no chão de madeira dura..
Reviro os olhos pelo impacto forte de minha cabeça contra o chão, enfiando minhas unhas em seu pulso, rasgando até seu antebraço com o último resquício de força que tenho, antes da tontura me atingir por completo, não conseguindo mais enxergar nada pela vertigem forte que me faz soltar seu braço, nem me mexendo mais... em tanta latejação em minha cabeça...
De repente, sua risada alta e diabólica ecoa pelo cômodo... não conseguindo nem mais abrir meus olhos nem mesmo se eu quisesse, para ver o novo motivo de sua risada doentia... Sentindo Elijah soltar meu rosto, e o pegar delicadamente em seguida...
— Tudo isso é sua culpa...
Lágrimas se formam em meus olhos fechados, deixando inevitavelmente as mesmas saírem para fora, com o falso toque carinhoso em minha bochecha ensanguentada pelo sangue de sua mão ferida por mim... . Não... não é minha culpa... Ah... está doendo tanto.. Tudo está doendo... minha cabeça, meu corpo e meu coração...
— Se você não fosse uma intrometida do caralho, isso nunca teria acontecido... Nunca precisaria atirar em Lorraine... Isso é tudo sua culpa...
Culpa..
Culpa...
Culpa....
CULPA!!!
Pisco meus olhos, lentamente os abrindo com dificuldade, gemendo em dor e agonia, pelos pingos repentinos de água gelada que caem sobre todo meu corpo dolorido; escorando minha cabeça que lateja como se eu tivesse levado uma tijolada, em algo, sentindo em minha boca entreaberta, um gosto metálico estranho que escorre por minha cabeça...
— eu já disse...
Uma voz baixa próxima ao meu ouvido disse, piscando lentamente meus olhos, que insistem em se fechar pelo sono repentino que está querendo tomar de conta de meu corpo molhado... . Uma mão segura meu rosto, o levantando, fazendo com que meu corpo de imediato, caia para trás com a moleza de todos os meus membros sedados, sendo segurada e embalada em seus braços que me envolvem e balançam minha face...
— ..você não pode dormir...Pisco meus olhos, de algum modo, tentando os manter abertos... não conseguindo ainda entender o motivo repentino pela minha confusão mental, e vontade enorme de dormir... fechar meus olhos e deixar com que o escuro tome de conta de mim.. .
O que... o que está acontecendo?
Pega em minhas coxas, fazendo com que eu me entrelaça a si, envoltando meus braços em seu pescoço para não cair, chocando minha cabeça na sua... começando a chorar em dor...
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Quando Você Chegou
أدب الهواةAo vê-lo passar por aquela porta, seu peito se encheu de algo que nunca havia sentido... agonia. Mabelle Carson percebeu algo de errado desde que seu novo irmão mais velho adotivo pisou por aquela porta; trazendo consigo, azar, dor e sérias c...